Durante a vida funcional, alguns cães recebem a denominação “cães de trabalho” seja os de intervenção, atuando no interior das casas prisionais, ou de “rede”, atuando no controle dos pátios externos dos presídios. Mas todos auxiliam na segurança das casas prisionais do RS, além disso, alguns atuam no faro materiais ilícitos. Uma série de matérias vai mostrar o trabalho dos cães e dos agentes penitenciários cinotécnicos que coordenam os trabalhos no canis prisionais do RS, em razão do 5 de novembro, dia do “cachorreiro”.
Considerado o melhor amigo do homem, o cachorro está presente na maioria dos presídios, reforçando o trabalho do servidor penitenciário no combate à criminalidade.
“Atualmente, cerca de 300 são patrimônios da Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e da Susepe”, explicou a servidora Vanessa Silva de Souza da Motta, responsável pela Seção de Cães de Intervenção Prisional do Departamento Administrativo da Susepe.Vanessa assegura que os animais registrados recebem ração, vacinas e medicação. “Com os chips, há aquisições na medida certa de produtos para o efetivo canino, evitando descontrole e perdas já que são materiais perecíveis”, explicou. Em casos emergenciais, eles são atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio de uma parceria entre as instituições, destacou Vanessa.
O impacto psicológico que causa um cão durante uma intervenção é como se atuassem dez agentes. Com isso, a possibilidade de ocorrência com disparo diminui drasticamente, dessa forma evitando lesões. além disso, promovem maior respeito na conduta do interno. De acordo com os cinotécnicos estes fatores são bastante positivos para o uso do cão no sistema prisional.
Para poderem contar com o uso dos animais, agentes penitenciários se especializaram no curso de cinofilia e participam de seminários que tratam do assunto, a maioria deles se envolve grande parte de sua rotina para cuidar dos cães, tanto dos trabalhadores como daqueles que escolhem a área prisional para morar, tratando e adestrando-os. Para isso, contam com parcerias de médicos veterinários da iniciativa privada e, em alguns casos, das prefeituras. A série de divulgação inicia com a Penitenciária Estadual de Arrio dos Ratos (Pear)
Penitenciária de Arroio dos Ratos (9ª DPR)
O coordenador do canil da Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos (PEAR), que é formado no estágio de Adestramento e Empregos de Cães de Guerra pelo 3º Batalhão de Polícia do Exército em Porto Alegre, Anderson Cardoso, treina pastores alemães e pastores belga malinois, diariamente, para as operações de intervenção, busca e captura e faro de narcóticos na casa prisional.
Já para atuar na vigilância externa, “conta com o auxílio de rottweilers, de filas brasileiros, pastores alemães e pitbulls, no intuito de minimizar as ocorrências de fuga de presos”, explicou Cardoso.
Além da aquisição de novos animais, a PEAR criou o Canil Setorial, com a autorização da 9ª Delegacia Penitenciária Regional, de acordo com o Regulamento Interno 01/2012 da Susepe. Conforme o diretor da casa prisional, José Giovani Rodrigues de Souza, “o espaço, mais amplo, vai oferecer melhores condições físicas para abrigar os cães, além de propiciar uma área adequada para guardar os materias de utilizados no dia a dia”.
A 9ª DPR tem o comando do delegado penitenciário, Paulo Pires e contempla casas prisionais da região Carbonífera do Estado.