A Associação Nacional dos Bureaus de crédito (ANBC) estreiou, na última segunda-feira (10), uma campanha nacional obrigatória de divulgação do banco de dados dos bons pagadores. As informações sobre a campanha foram repassadas em coletiva de imprensa da Câmara de Dirigentes Logistas de Caxias do Sul (CDL), na tarde desta terça-feira (11).
A campanha publicitária deve ser veiculada em meios de comunicação por um mês, até a data oficial de inclusão automática de todos os consumidores brasileiros no Cadastro Positivo. O intuito da divulgação é mostrar para que serve o banco de dados e esclarecer a possibilidade de excluir qualquer nome de forma gratuita.
A lei do novo Cadastro Positivo foi sancionada em abril pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e determina que todos os consumidores brasileiros que possuem CPF ativo e empresas inscritas no CNPJ passem a fazer parte automaticamente do banco de dados.
O cadastro positivo é um banco de dados que reúne informações de consumidores com um bom histórico de pagamentos. É uma espécie de “currículo financeiro” do bom pagador.
Existe desde 2011 e tem 11 milhões de nomes. Hoje, só quem pede para participar é incluído. Ele é “positivo” em relação aos bancos de “nomes sujos”.
Pontuação definirá bom ou mau pagador
As informações que serão cadastradas automaticamente, explica o SPC Brasil, serão utilizadas para compor um score de crédito, ou seja, uma nota que será determinada a partir da análise estatística dos hábitos de pagamento, do relacionamento com o mercado, e dos dados cadastrais do consumidor. Essa pontuação vai de 1 a 1 mil. Quanto mais perto do 1, menos confiável será considerado o consumidor.
De acordo com a Associação Nacional de Bureaus de Crédito (ANBC), o objetivo é diminuir burocracias em consultas e tornar a obtenção de créditos mais fácil ao bom pagador. A ideia é que ele também tenha a chance de negociar juros e taxas mais baixas em suas compras.