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Bombeiros alertam banhistas dos riscos em rios e balneários da região

Foto: Divulgação/Bombeiros Voluntários de Bom Princípio
Foto: Divulgação/Bombeiros Voluntários de Bom Princípio

Com a chegada do verão é muito comum que as pessoas procurem lagos, balneário ou rios da região da Serra Gaúcha para se refrescar neste calor. Nestes casos vale lembrar que a falta de atenção em alguns aspectos de segurança podem ser fatal na hora de escolher o local para se banhar ou realizar uma pescaria.

Um dos pontos mais procurados neste período é o Rio Caí, local com vários atrativos, entretanto, com armadilhas escondidas que podem tornar o banho perigoso e fatal. Uma dos exemplos ocorreu na tarde desta sexta-feira (25), na localidade de Bela Vista, interior de Bom princípio.

No local, um homem identificado como Jandir Rodrigues da Silva, de 38 anos, que havia desaparecido no Rio Caí, foi encontrado após várias horas de buscas dos mergulhadores dos Bombeiros. Rodrigues estava em uma parte do rio com até seis metros de profundidade.

De acordo com testemunhas, durante o banho ele teria submergido e não visto mais pelos amigos que estavam junto com ele. Jandir era natural de Santa Rosa e atualmente estaria morando em Novo Hamburgo.

A reportagem do Portal Leouve conversou com o Corpo de Bombeiros de Farroupilha para falar sobre cuidados que as pessoas devem ter ao frequentar os rios e balneários durante esse verão. Os sargentos Everaldo Vaz de Oliveira e Ewerton Silveira de Bittencurt explicaram sobre cuidados e procedimentos a serem tomados em caso de acidentes.

Com relação a balneários, muito populares na Serra Gaúcha, Everaldo explicou que existe uma obrigação de que nesses locais haja salva-vidas, para que caso ocorra um acidente, uma pessoa treinada e habilitada esteja pronta para agir. Outro ponto levantado foi a irregularidade dos terrenos em baixo da água, com pontos mais rasos e logo em seguida fundos, além da presença de pedras e galhos.

Caso ocorra um acidente, eles comentaram que o principal é ter cuidado na aproximação da pessoa que estiver se afogando. O ideal é arremessar algo flutuável, como uma tampa de caixa de isopor, galhos de árvores, cabos de vassouras ou, se tiver a mão, uma corda.

Caso não seja possível, Everaldo comentou como deve ser feito essa aproximação.
“O afogado, nesse tipo socorro, é ter atenção, já que o afogado pode acabar puxando a pessoa para baixo e aí termos duas vítimas. Numa se oferece o braço ou a mão, se oferece no máximo o pé, em que a pessoa possa segurar-se em uma base para poder puxar quem está dentro da água. Mas, sempre que possível, evitar a aproximação e tentar jogar algo para quem estiver se afogando”, disse.

Já no litoral, o ideal é ficar atendo as orientações que estão nas guaritas dos salva-vidas na Operação Golfinho, com corres de bandeiras que representam o perigo do mar. Vermelho, mar bravo, amarelo significa atenção e o verde representa mar calmo. Os salva-vidas são equipados com apitos, que devem ser respeitados pelos banhistas.
Ewerton também alertou os pais com os cuidados às crianças na praia. Conforme ele, água na cintura é o máximo que eles devem entrar, sempre com a supervisão de um responsável. Em caso de a criança se perder, a orientação é buscar ajuda nas guaritas, que se comunicam entre si para poder auxiliar a localizar a criança.