Caxias do Sul

Boatos sobre surto de toxoplasmose por consumo de água, em Caxias, são falsos

Samae desmente boatos de redes sociais (Foto: Luiz Chaves/divulgação)
Samae desmente boatos de redes sociais (Foto: Luiz Chaves/divulgação)

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) informa, através de nota, que os boatos que circulam nas redes sociais sobre um surto de toxoplasmose em Caxias do Sul são infundados. O trabalho prestado à população, segundo a autarquia, atende aos critérios do Ministério da Saúde, regulamentados no anexo XX da Portaria de Consolidação nº 05/2017, que estabelece as diretrizes para a operação e o monitoramento da água tratada destinada ao consumo humano.

Segundo o engenheiro químico da Divisão de Água do Samae, Celso Gustavo Mello, em cada Estação de Tratamento de Água (ETA) há um Laboratório de Controle Operacional (LCO) que analisa a água de duas em duas horas na saída do tratamento.

“O Laboratório de Seção de Controle de Qualidade (LSCQ) realiza análises bacteriológicas nas saídas de todas as 18 unidades de tratamento, opera 12 poços artesianos e monitora a qualidade de água distribuída em 475 pontos de amostragem em toda a cidade, incluindo hospitais, escolas e praças”, acrescenta. No total, 260 mil análises de água são feitas anualmente pela autarquia. Em nenhuma delas houve registro da presença do parasita.

Já o diretor-presidente do Samae, Giovani Zappas, alerta para o perigo da replicação de notícias falsas. “A informação compartilhada nas redes sociais não é verdade. É importante que todos verifiquem a veracidade nas fontes oficiais da prefeitura e do Samae antes de replicar uma notícia”, explicou.

Toxoplasmose

É uma doença infecciosa provocada por um parasita (toxoplasma) liberado no ambiente pelas fezes de felinos contaminados, principalmente gatos. A partir daí, água, solo, plantas e outros animais de consumo humano podem se contaminar e, na sequência, contaminar pessoas. A doença é transmitida ao homem pela ingestão de água ou alimentos contaminados ou pela placenta da mãe para o bebê. Na maioria das vezes, a pessoa entra em contato com o parasita mas não apresenta sintomas, não desenvolve a infecção e não tem complicações.

Como a principal forma de contaminação é via oral, a melhor forma de prevenir é tentar consumir, sempre, alimentos e água com procedência, que tenham uma fiscalização. Além disso, evitar a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas, beber somente leite pasteurizado ou fervido, lavar bem frutas, verduras e legumes crus antes do consumo, lavar bem as mãos após manuseio de carnes cruas e antes das refeições.