

A Brigada Militar (BM) pode deixar de realizar o serviço de segurança externa nos presídios gaúchos. Essa decisão ainda não foi tomada pela corporação, mas a possibilidade surgiu depois que a Assembleia Legislativa aprovou em segunda votação, nesta terça-feira, dia 11, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 255/2016, que retira da BM essa obrigação. A proposta foi aprovada por 37 votos favoráveis e 16 contrários.
Assim, a medida abre a oportunidade para que os brigadianos que hoje fazem esse serviço retornem gradativamente às ruas, recompondo o efetivo do Interior do estado para reforçar o combate à criminalidade.
Mesmo sem a determinação do comando, a medida foi bem recebida nos quartéis da corporação. Para o subcomandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (BPAT), major Álvaro Martinelli, a proposta é positiva.
“Acho válido, porque hoje você pega alguém que passa por um curso de qualificação de quase um ano para, entre aspas, desperdiçar trancado dentro de uma guarita. A real é que temos uma mão de obra muito qualificada para ficar vigiando quem o Estado já puniu. Nossa função é outra, é dar segurança e fazer a prevenção para as pessoas de bem”, acredita.
Segundo ele, em Bento Gonçalves, atualmente, cerca de três a quatro brigadianos são deslocados para exercer a guarda externa no Presídio Estadual. Em todo o estado, cerca de 500 policiais militares exercem a atividade de guarda externa do sistema prisional.
Com a aprovação do projeto, os policiais serão liberados para atuação na área para qual são capacitados, como a polícia ostensiva e preservação da ordem pública.