A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou o bloqueio de dispositivos clandestinos usados para receber ilegalmente o sinal de televisão por assinatura e serviços de streaming. O Plano de Combate ao Uso de Decoficadores Clandestisnos de TV por Assinatura foi anunciado em fevereiro, e ação será feita de forma gradual, podendo afetar até 7 milhões de dispositivos, com cerca de 20 milhões de usuários.
Empresas fornecem, de forma ilegal, serviço de televisão por assinatura sem que os usuários precise pagar o valor correto (da assinatura) para receber o sinal. Para que o serviço funcione, os desvios de sinal são feitos via internet, intermediado por um servido que intercepta os canais pagos. A média de compra destes produtos é de R$400.
Um levantamento da Jovem Pan News apontou que os serviços cadastrados na Anatel, como da Google e Amazon, permitem espelhar o sinal do celular na televisão, mas, para isso, é necessário um aplicativo autorizado. Dessa forma, os bloqueios da agência atingirão os servidores centrais que levam sinais para a “TV box”.
“O objetivo é bloquear o acesso a servidores de conteúdo e aos servidores de chaves de criptografia, que são as chaves de segurança do conteúdo. Esses provedores clandestinos fornecem uma chave sobre a qual não têm direito. Eles conseguem tirar a segurança dessa chave e mandar para usuários clandestinos. A gente quer bloquear o acesso ao servidor”, pontuou o superintendente de fiscalização da Anatel, Hermano Tercius.
De acordo com a agência, a motivação dos bloqueios é o risco que estes serviços oferecem às redes de computadores.