Bento Gonçalves

Bento tem aumento de 22% no número de homicídios dolosos

Setembro foi o mês mais violento da história recente de Bento Gonçalves (Foto: Bruno Mezzomo/arquivo)
Setembro foi o mês mais violento da história recente de Bento Gonçalves (Foto: Bruno Mezzomo/arquivo)

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul divulga mensalmente estatísticas da criminalidade no Estado. O destaque foi o aumento do número de homicídios dolosos, ou seja, com intenção de matar, em Bento Gonçalves. No período de janeiro a setembro, comparado ao do ano passado, houve aumento de 22%, no município segundo os dados.

Setembro foi o mês mais violento da história recente de Bento Gonçalves (Foto: Bruno Mezzomo/arquivo)

Bento Gonçalves atingiu até setembro deste ano o número de 27 homicídios registrados, enquanto em 2016 haviam sidos registrados, no mesmo período 21 casos. Números que bateram recordes antes mesmo do ano terminar. Em todo ano passado, foram registrados 23 crimes contra a vida.

Setembro de 2017 foi considerado alarmante, quando oito casos foram registrados no município, sendo o mês mais violento na história recente de Bento Gonçalves e, segundo a polícia, 90% dos casos foram causados pelo envolvimento com o tráfico de drogas.

O delegado da 2ª Delegacia de Polícia, Álvaro Becker, se diz assustado com tanta violência em um único mês. “Eu tenho 40 anos trabalhando por aqui e nenhum desses anos eu vi um mês tão violento como esse de setembro, haja visto os homicídios consumados e tentados ocorridos na cidade”, compara.

Para o delegado Álvaro Becker, o maior número de casos é devido ao envolvimento com o tráfico de drogas, sendo o acerto de contas e traficantes que querem retomar os pontos no município as principais motivações.

São pequenos traficantes que pegam a droga de traficantes maiores e provavelmente gastam o dinheiro, não pagam e daí os grandes traficantes vem cobrar. Também tem o fato de traficantes presos e quando veem alguém tentando pegar seu ponto, há uma comunicação de dentro dos presídios para que sejam eliminados, sendo a briga por tráfico algo que nos assusta”, confessa.

Ainda que a disputa por pontos de tráfico esteja no horizonte deste aumento da violência, o envolvimento de facções criminosas não está comprovado na cidade.