Bento Gonçalves

Bento será pioneira no Brasil em processo de resíduos por pirólise

Usina produzirá energia limpa (Foto e vídeo: Dariano Moraes)
Usina produzirá energia limpa (Foto e vídeo: Dariano Moraes)


Usina produzirá energia limpa (Foto e vídeo: Dariano Moraes)

O estudo para construção da Usina de Resíduos Sólidos Urbanos (URSU) de Bento Gonçalves teve início há 3 anos e meio, ainda em fase embrionária, apresenta características que se diferem de outros processamentos de resíduos existentes no país.

O projeto foi apresentado em reunião com a imprensa na tarde desta terça-feira,31, no salão nobre da prefeitura de Bento Gonçalves. O prefeito Guiherme Pasin, que acompanhou as diversas fases do projeto não escondia a satisfação com o alcance ambiental, econômico e até turístico do projeto, inédito no Brasil.

Através da Parceria Público Privada (PPP) o município, por concessão administrativa, licitará empresas interessadas com a proposta de modernização, gestão, manutenção, otimização e geração de energia sustentável e ambientalmente correta a partir do processo de tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Ao ler ou ouvir o termo usina, logo vem à mente que vai gerar fumaça ou emitir na atmosfera algum tipo de gás, o que, num primeiro momento gera desconfiança de quem defende processos ambientais limpos. O sistema que será implantado em Bento é por pirólise, cuja decomposição dos resíduos orgânicos, se dá por processo termo-químico, em cilindros fechados, sem emitir gás ou qualquer outro tipo de substância resultante do processamento.

O sistema vai processar resíduos orgânicos a temperaturas que variam de 600 a 800 graus sem utilizar oxigênio, separando automaticamente, os resíduos recicláveis como vidro, metais e outros.

Bento Gonçalves produz 110 toneladas de resíduos por dia, sendo possível reciclar 24%. Atualmente, o município gasta só com o transporte dos resíduos que é levado para o aterro sanitário de Minas do Leão, distante cerca de 180 km da cidade, R$ 1,9 milhão por ano. A usina tem capacidade de gerar 12.346MW e o município usará parte desta produção, 10.400MW, nas repartições públicas municipais e iluminação pública.

O local para instalação da Usina é no bairro Pomarosa onde está o transbordo dos resíduos recolhidos no município. Conforme o Secretário de Desenvolvimento Silvio Pasin, a usina que terá investimento de R$ 57 milhões tem estimava de funcionamento em 2019. “Com o funcionamento da usina poderá até diminuir a taxa de iluminação pública paga pelo cidadão”, avalia.

Atualmente, 62 pessoas atuam selecionando os resíduos e serão convidadas para inclusão no processo com vínculo empregatício e com todos os direitos e equipamentos que o setor exige. A Usina vai gerar 72 empregos diretos, podendo atrair novos cursos à cidade com olhar na pesquisa. Até para o setor turístico será gerado um roteiro que inclui visitação.

Assista ao vídeo: