Bento Gonçalves chegou à marca de 170 casos de dengue em 2023. Destes, 165 são autóctones – quando a infecção ocorre dentro do município. 48 outros casos estão em análise e a Capital do Vinho registrou, ainda, cinco casos de chikungunya no ano.
Entre 2015 e 2020, Bento Gonçalves não registrou um único caso autóctone de dengue. Foram dois em 2021, 10 em 2022 e, até o momento os 165 somados em 2023. Uma pessoa, inclusive, morreu vítima da doença no ano na cidade.
Como comparação: em Caxias do Sul, cidade com 517 mil habitantes, o total de casos autóctones em 2023 é de 10. O município, entretanto, tem menos focos do que a Capital do Vinho: são, respectivamente, 646 e 202.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Ambiental, Simone Menegotto, os motivos para a intensificação dos registros podem ser vários. “Descuido com os pátios e arredores das residências, clima quente e chuvas, maior número de pessoas viajando e o de turistas”, cita. Por outro lado, ela crê que a proximidade do inverno fará a infestação desacelerar.
Enquanto isso não ocorre, a coordenadora dá dicas de como evitar a proliferação do aedes aegypti. “Uma vez por semana é preciso cuidar do pátio e arredores da residência, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água. Manter as caixas d’água tampadas, secar os pneus e protegê-los da chuva. É importante também manter as calhas limpas, escovar os pratos e trocar as águas dos pets, deixar as piscinas limpas e com água tratada. Precisamos fazer a nossa parte eliminando os criadouros para evitar a proliferação do Aedes.”
Fiscalização
A prefeitura de Bento Gonçalves informou que os agentes de endemias têm intensificado o combate ao mosquito. Entre as ações, estão visitas em locais com suspeitas de casos, como residências, terrenos baldios e empresas que possam estar com acúmulo de lixo ou água parada.