Caxias do Sul

Bate-boca entre vereadores em sessão da Câmara de Caxias vira caso de polícia

Bate-boca entre vereadores em sessão da Câmara de Caxias vira caso de polícia


Um bate-boca entre os vereadores Rafael Bueno (PDT) e Renato Nunes (PR) virou caso de polícia. Isso porque, o republicano sentiu-se ofendido com palavras proferidas em sessão ordinária pelo pedetista e registrou um boletim de ocorrência na Central de Polícia Civil quinta-feira (6). A acusação de Nunes contra Bueno será investigada como calúnia, difamação e intolerância religiosa.

De acordo com o registro policial, Nunes relata que vem sofrendo calúnias em função de ser evangélico e pastor. De acordo com o vereador do PR, as ofensas têm prejudicado a atuação e a imagem dele perante a população que representa.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, Rafael teria dito que Nunes rouba e engana o povo, que estaria extorquindo pessoas, que é um charlatão, estelionatário, entre outros.

“Não aguento mais, o vereador Rafael Bueno me caluniando e difamando. Sinto muita intolerância religiosa por parte dele. Ele vem me acusando desde o momento que voltei para a Câmara. Na sessão de quinta, ele chegou ao ponto de dizer que eu roubei, que estava roubando o povo como pastor evangélico que sou. Estou buscando ajuda na polícia. Este cidadão já sofre na Comissão de Ética da Câmara onde já foi feito um relatório para que ela seja advertido, e eu acho pouco. Ele é reincidente, não apreende. Já jogou tijolo em uma pessoa, foi condenado recentemente a pagar trinta horas de serviços comunitários por importunar a ex-secretaria de esporte. Ele perde no debate, não tem argumentos, e parte para o pessoal. Estou pedindo socorro para a polícia”, completa o vereador do PR.

Já Bueno, alega que o estopim para a discussão começou na sessão da terça-feira (4) quando Nunes teria dito à colega Paula Ioris (PSDB) que ela estava sentada ao lado de um agressor. Tudo isso, por conta do processo movido pela ex-secretária de esporte e lazer, Márcia Rohr da Cruz, após o vazamento de áudios. Na oportunidade, Rafael foi processado por perturbação da tranquilidade depois de ter enviado mensagens para o celular dela e perguntado quando iria deixar o cargo. Segundo o parlamentar, ele teve a opção de pagar multa, mas optou por prestar serviços à comunidade.

No episódio envolvendo Nunes, Bueno lembra que após questão de ordem, retirou a palavra roubo e extorquir e que tem imunidade parlamentar. Todavia, ressalta que o republicano perdeu um processo trabalhista que havia movido contra a igreja a qual era pastor e que atuava no charlatanismo.

“Eu falei e reafirmei na Câmara que não era para ele perder tempo precioso dele. Que aproveitasse para pedir desculpas as pessoas que ele tinha enganado, talvez tirado as únicas moedinhas para comprar um litro de leite. E ele sim atuava com charlatanismo para os fiéis da igreja que era pastor. Lamentavelmente, os partidos atiraram ele na cova e teve que implorar uma boquinha para estar ali. Ele é um pau mandado do Guerra (prefeito) e agora tem que ficar fazendo esse papel de bobo da corte na Câmara para garantir a vaga dele. Ficar fazendo da Câmara um picadeiro onde ele é o protagonista, o palhaço, é lamentável”, completa.

Na tarde desta sexta-feira (7) Rafael Bueno irá registrar um boletim de ocorrência contra Renato Nunes por injúria e difamação. Segundo o vereador, Nunes teria o chamado de agressor de mulher durante discurso na tribuna da Câmara.

A Polícia Civil irá investigar o caso e anexá-lo judicialmente a um inquérito instaurado no ano passado.