Caxias do Sul

Balanço do Simecs mostra recuperação no setor em 2018

ricardo gatelli/rscom
ricardo gatelli/rscom

As indústrias representadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) em Caxias do Sul divulgaram dados do balanço econômico de 2018 nesta quinta-feira (31). O resultado apresentado apontou um desempenho positivo de 16,45% em 2018 em comparação ao ano de 2017.

O maior crescimento das receitas se observou nas vendas dentro do estado, com incremento de 29,96%. Já as vendas para fora do estado aumentaram 14,71% em relação a 2017. As exportações cresceram em ritmo menor, na ordem de 8,68%.

Em relação às Câmaras Setoriais, o segmento automotivo foi o que puxou a retomada, com crescimento verificado em 2018 de 20,66%. O setor metalomecânico cresceu 12,04%. O destaque negativo ficou por conta do segmento eletroeletrônico, com recuo de 9,46% nas receitas em relação a 2017.

Economia nacional

Conforme o Assessor de Planejamento do Simecs, Rogério Gava, para o Brasil retomar a economia e consequentemente alavancar os números em Caxias, vai ser necessário fazer o “tema de casa” que engloba a reforma da previdência, venda do direito de exploração do petróleo e extinção de subsídios, como o sistema “S”, (Senai, Sebrae, Sesc). Porém, de acordo com Slaviero, o “Sistema S” é um grande gerador de mão de obra qualificada e, é necessário que este sistema seja mantido para que os postos de emprego na indústria possam ser preenchidos com colaboradores de qualidade. Inclusive, o presidente saliente, que sobretudo, a qualificação deve ser gratuita.

Faturamento

Conforme o dirigente do Simecs, Reomar Slaviero, embora o crescimento de 16,45% em relação a 2017, o faturamento de 2018 ainda ficou longe da média histórica de faturamento no período 2010-2014. Nesse sentido, a indústria caxiense já havia retraído 43,68% no biênio 2015/16, em relação ao faturamento de 2014. Mesmo com o crescimento dos anos de 2017 e 2018, respectivamente de 8,89% e 16,45%, o saldo negativo em termos de receitas é ainda de 28,6%. Isso significa que o faturamento, em 2018, foi quase 29% inferior ao observado em 2014.