A balança comercial brasileira registrou um superávit mensal recorde de US$ 11,38 bilhões em maio, aumento de 129,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo a pasta, as exportações brasileiras somaram US$ 33,07 bilhões e registraram o maior valor mensal em toda a série histórica, enquanto as importações totalizaram US$ 21,69 bilhões.
Houve um crescimento de 11,6% nas vendas para outros países e uma retração de 12,1% nas compras do exterior. No acumulado do ano, o superávit chega US$ 35,28 bilhões, valor que representa um crescimento de 39,1% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações arrecadaram US$ 136,39 bilhões, crescimento de 3,9%. Já as importações totalizaram US$ 101,11 bilhões, indicando queda de 4,6%.
A agropecuária apontou crescimento de 15,7% nas exportações. O setor somou US$ 9,2 bilhões, com destaque para soja (aumento de 23%); animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos (+245,4%); e arroz com casca, paddy ou em bruto (+287.085,5%). Já indústria extrativa acumulou US$ 7,0 bilhões, com aumento de 12,8% em relação ao mês anterior. Na indústria de transformação, as vendas aumentaram 8,5% e o setor arrecadou US$ 16,6 bilhões. De acordo com o MDIC, o crescimento nas exportações foi influenciado pelo aumento das vendas nos seguintes produtos: soja (+9,6%); milho não moído, exceto milho doce (+110,4%) e arroz com casca, paddy ou em bruto (+280,8%), na agropecuária; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+ 3,5%); outros minerais em bruto (+ 57,4%) e minérios de cobre e seus concentrados (+ 12,6%), na indústria extrativa; além de açúcares e melaços (+ 34,9%); farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+18,2%) e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+14,3%), na indústria de transformação.
Já nas importações houve queda em todos os segmentos, sendo queda de 36,4% em agropecuária (US$ 0,3 bilhão); 19,1% em indústria extrativa (US$ 1,5 bilhão); e 11% em indústria de transformação (US$ 19,7 bilhões). A pasta informou que o movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos ( -48,3%); soja ( -99,6%) e milho não moído, exceto milho doce (-97,5%) na agropecuária; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-32,5%); minérios de cobre e seus concentrados (-100,0%) e gás natural, liquefeito ou não (-20,4%), na indústria extrativa; adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-57,7%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-45,2%) e compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-24,2%) na indústria de transformação.
*Com informações de Jovem Pan