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Autores de chacina em Cidreira são condenados a 146 anos de prisão

Autores de chacina em Cidreira são condenados a 146 anos de prisão


Em sessão de julgamento do Tribunal do Júri de Tramandaí ocorrida nesta terça-feira (18) foram condenados os réus acusados pela chacina de Cidreira, ocorrida na madrugada de 12 de abril de 2015. O corpo de jurados acompanhou o que foi postulado pelos promotores de Justiça Rafaela Hias Moreira Huergo e Eugênio Amorim e condenaram Carlos Roberto de Campos Freitas e Isaura Bragé a pena de 146 anos e oito meses cada um. O júri os condenou por seis homicídios duplamente qualificados e uma tentativa de homicídio duplamente qualificada.

Segundo a denúncia do MP, Carlos Roberto de Campos Freitas, conhecido como Madruga, juntamente com outros e a mando de Isaura Bragé, de apelido Gorda ou Gordinha, mataram, em uma pousada localizada na entrada de Cidreira, litoral norte do Rio Grande do Sul, Lucas Souza da Rocha, Endriqui Eduardo dos Santos Gaspar, Lucas Rafael Rodrigues Duarte, Andriel Silva de Souza Moraes, Roberson Durão Leão e Fabiano Soares da Cunha, bem como tentaram matar David de Mello Carvalho. As vítimas, que tinham entre 15 e 27 anos, foram obrigadas a deitar de bruços e executadas à queima-roupa com diversos disparos na cabeça e nas costas.

Conforme as investigações, os denunciados, na época dos fatos, ocupavam posição de destaque na hierarquia de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. Isaura, apontada como uma das fundadoras da facção no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, comandava o comércio ilícito de drogas no litoral. Madruga era seu braço direito e executor de ordens. O crime foi motivado por dívidas e disputas relacionadas ao tráfico de drogas, tendo sido fator determinante para a instalação e estabelecimento de hegemonia da facção em diversos pontos do litoral norte.