EXPLICAÇÕES

Autópsia de brasileira que morreu na Indonésia aponta hemorragia como causa da morte

Resultados de exames foram divulgados nesta sexta (27). Equipe médica descartou morte por hipotermia

Foto: @resgatejulianamarins / Reprodução / Instagram
Foto: @resgatejulianamarins / Reprodução / Instagram

Autoridades da Indonésia apontaram um trauma contundente como a causa da morte de Juliana Martins, jovem brasileira que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, no país asiático. O resultado da autópsia foi divulgado nesta sexta-feira (27).

Os exames mostraram que o trauma causou danos principalmente à caixa torácica. Isso levou a uma morte por hemorragia interna, provavelmente cerca de 20 minutos após a queda.

“Encontramos arranhões e escoriações, assim como fraturas no tórax, ombro, coluna e perna. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o médico forense Ida Bagus Alit em coletiva de imprensa.

O médico descartou a possibilidade de hipotermia. Segundo ele, o corpo da jovem não apresentava sinais típicos de quem passa pela condição, como lesões no dedo causadas pelo frio. “A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, disse.

“Havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral, que geralmente ocorre várias horas ou até vários dias após o trauma. Além disso, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento, o que sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, explicou.

A morte de Juliana Marins gerou grande comoção nas redes sociais. Brasileiros, incluindo a própria família de Juliana, acusaram o governo da Indonésia de negligência.

Por esse motivo, na mesma coletiva de imprensa, o porta-voz da equipe de resgate do país reafirmou e detalhou a dificuldade da operação na região. Isso ocorreu principalmente pelo clima instável e de nebulosidade no período.

A equipe de resgate afirma que iniciou a operação logo após ser acionada, mas que precisou agir com calma e planejamento. Isso foi necessário para não colocar mais pessoas em risco.