Bento Gonçalves

Aumenta adesão à greve dos professores estaduais em Bento

Aumenta adesão à greve dos professores estaduais em Bento
A paralisação é por tempo indeterminado em protesto ao 21º parcelamento seguido dos salários dos servidores públicos estaduais. (Foto: reprodução)

Sem acordo na última reunião com o governo estadual, realizada na quinta-feira, dia 14, o Cpers/Sindicato promove nesta terça-feira, dia 19, um novo Ato Público Estadual da Greve. A concentração será às 8h, em frente à sede do Sindicato em Porto Alegre (Av. Alberto Bins, 480).

A mobilização tem o objetivo de pressionar os deputados a votarem contra o Projeto de Lei (PL 148), que acaba com a cedência para os sindicatos, e as Propostas de Emenda Constitucional (PECs) em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Segundo a diretora do 12º núcleo do Cpers/Sindicato, Juçara Fátima Borges, a adesão à paralisação está aumentando e quem decide sobre o término do ano letivo é o governo estadual.

“Está aumentando. Quem vai decidir o retorno é o governo. É responsabilidade do governo o término da greve, o término do ano letivo ou não. Quer dizer que vai depender do governo do estado. Está nas mãos dele a decisão. Foram entregues as propostas para o governo e eles vão decidir se a greve continua, se o comando de greve chama uma assembleia para encerrar. Quem vai decidir se termina o ano letivo no estado do Rio Grande do Sul é o senhor governador”, afirma.

Em Bento Gonçalves, até o momento, apenas a Escola de Ensino Médio Mestre Santa Bárbara, do bairro Humaitá e a Escola de Ensino Fundamental Comendador Carlos Dreher Neto, do bairro Glória, paralisaram totalmente as atividades.

De acordo com a supervisora escolar da Escola de Ensino Médio Imaculada Conceição, do bairro Conceição, Mirtes Laura Pasquali do Rosário, a instituição aderiu parcialmente a greve. No turno da manhã 70% dos professores aderiram a paralisação, o turno da tarde está totalmente em greve, e no turno da noite 50% dos educadores paralisaram as atividades.

Outras instiuições como o Colégio Estadual Dona Isabel, do bairro Universitário, a E.E. de Ensino Fundamental General Bento Gonçalves da Silva, no centro, a E.E. de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Salette, no Barracão e a E.E. de Ensino Fundamental Maria Goretti, no bairro Maria Goretti aderiram parcialmente a paralisação.

A diretora do 12º núcleo do Cpers/Sindicato, Juçara Fátima Borges, explica que os alunos afetados pela greve terão que recuperar as aulas perdidas.

“Eles terão que recuperar. Sempre o magistério quando fez greve, recuperou os dias letivos, sempre foi dada a recuperação para os alunos desses dias. Nenhuma greve do magistério os alunos não tiveram recuperação dos dias perdidos. Então, quem vai decidir é o governo se haverá recuperação ou não”, relata.

Nestas quinta e sexta-feira, dias 21 e 22, o Cpers realiza a Caravana das Plenárias Macro Regionais de Mobilização. Serão realizados, no total, oito roteiros, que irão abranger os municípios que compõem os 42 Núcleos do Sindicato. O objetivo é realizar um amplo debate com a comunidade e fortalecer a discussão sobre a atual situação do ensino.