Bento Gonçalves

Audiência sobre segurança pública foca na criação da Guarda Civil

Audiência sobre segurança pública foca na criação da Guarda Civil


A audiência pública promovida pela Frente Parlamentar da Segurança Pública na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves foi convocada para que os temas da falta de segurança fossem debatidos. Mas o que se viu foi uma espécie de encontro em favor da criação da guarda pública civil na cidade.

O próprio secretário de Segurança do município, o tenente-coronel José Paulo Marinho, manifestou que o encontro havia sido convocado a seu pedido. Ele lembrou de programas como o cercamento eletrônico da cidade e a adesão ao programa Sistema Integrado de Segurança com os Municípios (SIM), ao qual Bento está aderindo, considerados importantes, e levou ao encontro dois defensores de guardas municipais testemunhando como elas são importantes em seus municípios.

Chefe da guarda civil de Sapucaia, Clóvis Eduardo Pereira destacou que cada vez mais a legislação está exigindo preparo dos guardas civis e considera que pelos programas ao quais Bento já aderiu, a cidade estará “na frente e bem com a criação da guarda civil”.

O secretário de Segurança Pública de Pelotas, Aldo Bruno Ferreira, disse que o apoio da guarda civil é indispensável hoje no seu município para o policiamento ostensivo. Ferreira destacou dois aspectos relevantes: o patrulhamento em escolas e a patrulha rural que auxilia no combate ao abigeato. “Pelotas tem 21 mil moradores na zona rural. Se extinguirmos a patrulha rural, serei obrigado a fugir da cidade”, brincou.

O posicionamento dissonante foi o do presidente do Legislativo bento-gonçalvense, vereador Moisés Scussel Neto (PSDB). Embora dissesse não ter uma posição fechada, nem contrária, ele ressaltou a importância de um estudo aprofundado. “Estive há poucos dias em Vacaria e tanto prefeito como vereadores me alertaram: lá não deu certo. O gasto mensal com a folha é de R$ 8 milhões e não resolveu o problema da falta de segurança”, disse.

Quem não perdeu a oportunidade para estocar o Executivo foi o vereador Moacir Camerini (PDT), que questionou a eficácia da criação da secretaria de Segurança. “São oito meses desde a criação da secretaria e não vimos nada. Pior, o Orçamento de 2018 prevê investimentos de R$ 15 mil para a secretaria comandada pelo coronel Marinho. Deve ser para a aquisição de bonés”, provocou.

A Frente Parlamentar pela Segurança Pública Municipal é presidida pelo vereador Eduardo Virissimo (PP) e tem como relator o vereador Rafael Pasqualotto (PP). Outros membros são os vereadores Gustavo Sperotto (DEM), Idasir dos Santos (PMDB), Jocelito Tonietto (PDT), Neri Mazzochin (PP), Sidinei da Silva (PPS) e Volnei Christofoli (PP).

O encontro teve a presença de 12 dos 17 vereadores, além de representantes das polícias civil e militar, bombeiros e Consepro, entre outros.