A Associação das Agroindústrias Familiares de Bento Gonçalves (ASAF) já é realidade no município e segue seus passos com a aprovação do estatuto da entidade, em reunião no último dia 19 de abril. Na ocasião, foi eleito o presidente da associação, Juliano Zottis, da Casa Zottis – Vinhos e Uvas,e sua diretoria. Também foi aprovado um projeto para captação de recursos, que serão utilizados na compra de materiais. A atividade contou com a presença de representantes da Emater a nível estadual, regional e municipal, lideranças e representantes das agroindústrias associadas.
A iniciativa tem o apoio da Emater, Embrapa, Instituto Federal e Prefeitura de Bento Gonçalves, com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e valorizar os empreendimentos dessa natureza no município. De acordo com o chefe do escritório da Emater, Thompson Didoné, as agroindústrias apresentam dificuldades em comum, e a associação é a oportunidade de organizar essas demandas e desenvolver ações conjuntas para melhores oportunidades.
“O município de Bento Gonçalves possui o maior número de agroindústrias familiares do estado. Nós temos algo inovador que surgiu lá em 2013, que é o Programa Municipal de Agroindústria Familiar e o selo Sabor de Bento. Então, em virtude de todos esses incentivos, nós temos um grande número de agroindústrias aqui no município e a projeção é de que surjam ainda mais neste ano e nos próximos anos. A gente espera passar de 50 agroindústrias. É um trabalho sério, realizado por várias entidades nesse processo de legalização, qualificação e comercialização dos produtos da agricultura familiar. Enfim, é um trabalho em conjunto de várias mãos, que possibilitam que o agricultor tenha aqui em Bento o apoio que ele merece”, explica.
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Uma das maiores dificuldades do produtor é poder se deslocar até uma feira, por exemplo, que pode durar até duas semanas, e permanecer lá por todo esse tempo. Além da aquisição de matéria-prima, insumos, material de empresas. A Associação das Agroindústrias Familiares de Bento Gonçalves pretende facilitar esses processos. “Queremos criar uma marca a associação e também participar em algumas feiras de forma conjunta, mesmo quando não é possível a participação de todos. A gente possibilitará que a associação represente várias agroindústrias”, complementa Didoné.
De acordo com informações da Emater/RS, o Programa de Agroindústria Familiar do Estado do Rio Grande do Sul foi criado pelo Decreto Lei nº 49.341 de 5 de julho de 2012 e tem como objetivos gerais a organização dos agricultores familiares e públicos tradicionais; a valorização do trabalho coletivo, a promoção e o fomento; a implantação e a legalização de agroindústrias familiares e agroindústrias familiares de pequeno porte de processamento artesanal, com vista ao desenvolvimento rural sustentável; e a promoção da segurança alimentar e nutricional da população, bem como ao incremento à geração de trabalho e renda.
