Assessores de vereador devem ou não auxiliar na manutenção de praças e bens públicos, atuando fora do ambiente legislativo? . O tema foi motivo de discórdia na sessão ordinária do Legislativo na tarde de segunda-feira, 29
Utilizando a tribuna durante o grande expediente o vereador Alcindo Gabrielli (MDB) manifestou contrariedade a ação que vem ocorrendo, por estímulo do Presidente Anderson Zanella. Para o vereador e ex-prefeito a manutenção de praças é incumbência da Prefeitura. Ele diz ainda que os assessores de vereador tem bastante trabalho na própria Câmara.
Em resposta vereador e presidente da Casa Anderson Zanella (Progressistas) defendeu a atuação de assessores parlamentares em atividades externas, como serviços de limpeza e pintura em praças do município.
O parlamentar destacou que o Regimento Interno da Casa autoriza que até dois servidores por gabinete realizem trabalhos externos, cabendo a cada vereador designar de que forma sua equipe atuará. Segundo Zanella, essa flexibilidade garante que os assessores possam estar presentes tanto em secretarias e serviços administrativos, quanto em atividades diretamente voltadas à comunidade.
“Particularmente, os meus [assessores] podem ir para as praças trabalhar sem problema nenhum, que têm a minha autorização. Não é o Executivo que usa a praça, quem usa é o munícipe. O Ginásio de Esportes é utilizado pelo munícipe, não pelo Poder Executivo”, afirmou.
O vereador ressaltou ainda que, caso houvesse qualquer penalidade por direcionar sua equipe para ações comunitárias, encararia a situação com orgulho:
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Um dia quero receber uma condenação e poder fazer uma placa dela: ‘fui condenado como ordenador de despesas de um poder desse município por ter solicitado à minha equipe para trabalhar em prol do munícipe de Bento Gonçalves. Eu espero que esse absurdo não ocorra, mas se ocorrer, eu vou responder ele com o maior orgulho.
Zanella também defendeu a autonomia de cada vereador na condução do seu trabalho parlamentar e a importância de respeitar a pluralidade política dentro da Câmara, pontuando que todos os vereadores têm liberdade para trabalhar e votar como quiserem.
