A dupla do famoso prato feito brasileiro teve uma forte redução em relação a 2006. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que passou a divulgar o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a área de plantio do arroz caiu praticamente pela metade, com 44% de redução, enquanto a do feijão encolheu 32%.
Por sua vez, as culturas de soja e milho vêm batendo recordes de produção. No mesmo período, a área de plantio da soja quase dobrou, com aumento de 86% e a do milho avançou 66%. O principal motivo da redução da área do arroz e do feijão foi o avanço da soja e do milho. Com o polo produtor no Rio Grande do Sul, no caso do arroz, ainda houve substituição dos plantios pela pecuária.
Com o aumento do dólar, principalmente durante e após a pandemia, o cultivo da soja e do milho se tornou mais rentável aos produtores, gerando mais lucro na exportação. O faturamento da soja e do milho teve um aumento de 355% e 310%, respectivamente, enquanto a receita do arroz e do feijão ficou praticamente estável nos últimos 16 anos.
Segundo Felippe Serigati, professor e coordenador do mestrado profissional em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), outro produto que deve entrar no jogo é o trigo. Recentemente, ele tem sido cotado para substituir áreas de plantio do arroz.