
Após a suspensão do leilão de arroz pelo governo federal, os arrozeiros do Rio Grande do Sul destacaram a necessidade de uma revisão na política atual. O diretor jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Anderson Belloli, afirmou que a entidade mantém-se aberta ao diálogo com o governo.
“Vamos monitorar o mercado nos próximos dias para, se necessário, orientar os produtores e garantir o abastecimento regular, evitando prejuízos ao consumidor, especialmente aos mais vulneráveis econômica e socialmente”, explicou Belloli.
O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, não se surpreendeu com a ausência de indústrias arrozeiras no leilão. Segundo ele, não há necessidade de importar arroz, considerando a colheita no estado.
Pereira também criticou as distorções nas interpretações de importações feitas por empresas como sorveterias e locadoras de carro, além de questionar a aplicação de mais de R$ 7 bilhões na compra de 1 milhão de toneladas de arroz.
“Esse dinheiro dava para a gente resolver a vida de todos os produtores do Rio Grande do Sul. O governo estava fazendo política dele mesmo e subsidiando o produtor no exterior, uma insensibilidade absurda”, dispara.
Fonte: Correio do Povo