Comportamento

Após protestos, secretário do Meio Ambiente de Caxias fala sobre Parque de Proteção Animal

Foto: Especial Leouve
Foto: Especial Leouve

O secretário do Meio Ambiente de Caxias do Sul, João Osório Martins, se pronunciou nesta terça-feira (9) em entrevista à Rádio Viva, sobre os protestos feitos pelos moradores da comunidade de São Virgílio da 2ª Légua em relação ao Parque de Proteção Animal.

No último sábado (6), representantes da prefeitura foram até a localidade apresentar o projeto e foram recebidos por uma comunidade insatisfeita, com cartazes exibindo frases como “Canil da discórdia” e “Parque do Terror”, além de uma mesa com excrementos (fezes) de animais em meio a frutas que são produzidas por agricultores da 2º Légua.

A respeito do ocorrido, o secretário relatou que sua equipe enfrentou muitas dificuldades para apresentar o projeto devido ao ambiente hostil, mas que agiram com profissionalismo.

“A gente teve muita dificuldade, mas heroicamente meus técnicos conseguiram apresentar, mas o ambiente estava bastante hostil. A gente percebia que o pessoal não prestava muita atenção na apresentação dos nossos técnicos, mas eles foram muito profissionais e levaram o conteúdo do projeto, apresentando até o final. E pra quem prestou atenção deu pra entender bem quais os objetivos”, comenta.

Martins ressalta que o projeto foi desenvolvido por engenheiros, profissionais competentes, e que todo o processo será acompanhado pelos conselhos, que poderão alertar e orientar a equipe sempre que necessário. Ele ainda lembra que, esses mesmos profissionais trabalharam no aterro sanitário do município, que é um exemplo para todo o país.

A respeito do projeto, já apresentado à comunidade previamente, o secretário explica que a área do Parque de Proteção Animal será dividida em três etapas e será distribuída em 26 hectares.

“Basicamente a área vai ser divida em três etapas. A primeira parte da área vai ficar o Parque de Proteção Animal, aonde nossos técnicos terão seus ambulatórios, suas salas. Terá uma área de lazer, uma área pra visitação, terá também na primeira etapa, que é na parte da frente, um local pra despedida dos cães falecidos e um local para memorial com fotos dos animaizinhos que deixaram seus donos, como forma de recordação. Na parte central, ficará o alojamento propriamente dito, onde os cães vão ficar soltos dentro das casinhas. E na parte mais atrás da área ficará a preservação ambiental, ou seja, uma mata nativa que tem lá e será preservada”, complementa.

De acordo com ele, nenhuma árvore será derrubada para realização do projeto, já que a área central, onde ficará localizado o abrigo, era anteriormente uma lavoura, utilizada para funções agrícolas.

Outra preocupação dos moradores da região é a destinação dos resíduos, como fezes e água suja de lavagens. O secretário afirma que esses resíduos serão coletados diariamente e encaminhados ao aterro sanitário, não sendo motivo para preocupação.

Em relação a escolha da localidade onde será construído o Parque de Proteção Animal, Martins relata que o local ainda não está cem por cento definido, porém, de todos os locais visitados e estudados, esse na comunidade de São Virgílio da 2ª Légua é o mais apropriado.

“Dificilmente a gente vai conseguir uma área melhor, mas continuamos olhando áreas que possam existir até melhor que aquela, mas eu acho difícil, mas nós estamos abertos, já foram oferecidas algumas outras áreas e nós iremos vistorias todas”, conclui.