Após protestos e pressão, Cuca deixa o Corinthians e diz que vai cuidar da família

A história de Cuca com o Corinthians foi breve, seis dias e apenas duas partidas. Anunciado na última semana após a demissão de Fernando Lázaro, o treinador enfrentou uma das maiores resistências de sua carreira desde os primeiros momentos em que seu nome foi ligado ao clube paulista. O comunicado de sua saída foi feito após a vitória por 2 a 0 sobre o Remo na noite de quarta-feira (26).

Cuca definiu como uma “avalanche” os protestos de parte da torcida corintiana, motivados pelo caso de estupro em que ele foi condenado. Em 1987, enquanto era jogador do Grêmio, ele e outros três companheiros de time foram acusados de agressão sexual a uma jovem de 13 anos na cidade de Berna, na Suíça. Dois anos depois, foram condenados por estupro coletivo.

“Nesse momento eu quero fazer valer a pena a minha família. Eu não esperava essa avalanche aqui, eu não esperava. Fui julgado e punido pela internet e isso tem uma consequência muito grande em vários sentidos. Eu saio e não era o que eu queria, mas é um pedido da minha família”, falou pós-jogo.

O agora ex-treinador do Corinthians falou que sua família estava recebendo ameaças e xingamentos por meio das redes sociais. Mesmo assim, disse que espera voltar ao Corinthians em outro momento. Desde o início da trajetória, principalmente o grupo “Respeita as Mina”, ligado ao time e torcida feminina do Alvinegro pediu o desligamento imediato dele.