Os efeitos da paralisação geral dos caminhoneiros foram sentidos no desempenho econômico de Caxias do Sul no mês de maio. Os dados apresentados na tarde desta quinta-feira, dia 28, pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas mostram uma queda de 1,4% na comparação com abril. O resultado foi puxado pela indústria, que teve retração de 4,4%. Já o comércio cresceu 3% e os serviços apresentaram um desempenho 1,4% melhor.
Conforme o Diretor da CDL, Ricardo Comandulli, o comércio sentiu bastante as paralisações. Segundo ele, as duas primeiras semanas de maio foram animadoras para o setor, mas nos últimos 15 dias do mês foram desastrosos para as vendas. O setor de eletrodomésticos, por exemplo, apresentou uma queda de 20% nas vendas na comparação com o ano passado.
Já a redução no desempenho da indústria era esperada. O Diretor da CIC, Carlos Zignani, afirmou que a recuperação dessas perdas deve ocorrer até setembro. Apesar das perdas, a economia caxiense ainda apresenta uma retomada na ordem de 8,6% ao longo de 2018, com a indústria crescendo 8,2%, o comércio 3,4% e os serviços 12,5%.
Empregos
No mês de maio, foram criados 742 postos de trabalho, uma ligeira alta de 0,5% no total de empregos formais, cujo estoque hoje se situa em 162.713. A indústria foi o setor que mais contratou, com 502 novas vagas. No ano de 2018, foram gerados 4.766 empregos, uma variação de 3%. Nos últimos 12 meses, o saldo é positivo em 2.545 empregos, correspondendo a um crescimento de 1,6%.
Outros dados
– Indústria teve um desempenho 2,5% pior na comparação com o mesmo mês do ano passado
– Os serviços apresentaram um desempenho 8,8% melhor na comparação com o mesmo mês do ano passado
– Mesmo com a greve dos caminhoneiros, desempenho da economia em maio de 2018 foi 0,5% melhor na comparação com o ano passado
– O comércio apresentou queda de 4,3% em relação ao ano passado
– Um levantamento informal da CIC mostrou que a maioria dos funcionários optou por trabalhar nos dias de copa do mundo, o que indica que o mundial não vai gerar grandes impactos na economia. Nem para melhor, nem para pior.