Polícia

Após morte de criança, Polícia Civil prende mãe e padrasto em Alvorada

Foto: PC / Divulgação
Foto: PC / Divulgação

A mãe e o padrasto da menina Mirela Dias Franco, três anos, levada morta ao posto de saúde, foram presos na manhã deste sábado, dia 11, pelos agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Alvorada, da Polícia Civil, sob comando da delegada Samieh Bahjat Saleh.

A operação Inocência cumpriu dois mandados judiciais de prisão preventiva pelo crime de tortura-castigo com resultado morte. “Caso gravíssimo”, resumiu à reportagem do Correio do Povo a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, que responde pela Deam de Alvorada nas férias da titular.

Conforme os policiais civis, a mãe, de 24 anos, foi localizada no bairro Guajuviras, em Canoas. Já o padrasto, de 27 anos, foi encontrado em Palhoça, em Santa Catarina. No dia 31 de maio passado, ele apareceu com a criança desfalecida na Unidade Básica de Saúde no bairro Jardim Aparecida, em Alvorada, onde foi constatado o óbito. A vítima apresentava hematomas e lesões pelo corpo.

“Durante a investigação, em que foram ouvidas várias testemunhas e analisados vários prontuários médicos da criança, constatou-se que ela estava sempre com medo, chorando ou machucada. Pelo relato das testemunhas, que inclusive viram a vítima e em diversas oportunidades hematomas e lesões, com medo do padrasto e não querendo retornar para a casa com a mãe”, lembrou a delegada Jeiselaure Rocha de Souza.

“A vítima teve várias entradas em unidades de saúde por múltiplas fraturas, escabiose e até mesmo sofrido queimaduras que sequer foram adequadamente tratadas pela mãe da infante”, observou.

A delegada Jeiselaure Rocha de Souza frisou que os mandados judiciais foram deferidos pela 3ª Vara Criminal de Alvorada, após parecer favorável do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Em recente entrevista exclusiva à reportagem da Record TV RS, a mãe havia culpado o companheiro por tudo o que aconteceu com a filha. A morte da criança causou revolta nas redes sociais e na comunidade local em Alvorada. Uma passeata de protesto chegou a ser realizada, com pedidos de justiça. A caminhada com balões parou em frente à barbearia do padrasto. O local foi invadido, sendo queimados móveis e demais objetos.

Fonte: Correio do Povo