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Após falhas no currículo, Carlos Decotelli deixa Ministério da Educação

Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

Nesta terça-feira (30) o Ministro da Educação, professor Carlos Decotelli entregou a  sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro e o pedido foi aceito pelo presidente, que já estuda novos nomes para a pasta. Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (25), mas não chegou a tomar posse, que estava marcada para esta terça-feira (30) e já havia sido adiada.

O nomeado para o Ministério da Educação havia marcado uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) nesta terça, mas cancelou sem informar o motivo. O encontro era avaliado como uma sinalização da permanência de Decotelli no Ministério.

Decotelli teve a nomeação articulada pelos ministros militares do Planalto. As incoerências no seu currículo, no entanto, instituições disseram que ele não tinha concluído etapas que ele dizia ter concluído e que deixaram os ministros constrangidos. Decotelli chegou a alterar o próprio currículo na plataforma Lattes após as contestações.

Incoerências

Jair Bolsonaro havia anunciado Decotelli para o Ministério da Educação no dia 25 por meio de suas redes sociais. Na oportunidade, o Presidente escreveu que o nomeado é “bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”.

Decotelli nega que cometeu plágio, mas assumiu que não defendeu a tese de doutorado na Universidade de Rosário, e que concluiu os créditos do curso, além de ter explicado que a pesquisa de conclusão na Universidade de Wuppertal está registrada em cartório na cidade alemã.