Foi publicada, no Diário Oficial do Município de Caxias do Sul desta quarta-feira (08), a decisão da Advocacia Geral do Município de suspender preventivamente a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Jardelino Ramos, Marli Holler Ribas Cruz, pelo prazo de 60 dias.
A suspensão ocorre menos de uma semana após a denúncia de que auxiliares de limpeza e merendeiras da escola eram impedidas pela direção de comer no refeitório da escola, sendo obrigadas a realizar refeições no mesmo depósito em que são armazenados os materiais de limpeza, e depois de um protesto de pais e alunos em frente a SMED, pedindo pelo afastamento da diretora e mais atenção aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Segundo o procurador-geral do Município, Adriano Tacca, a medida tem caráter administrativo.
A suspensão é uma medida de praxe quando há sindicância para apurar fatos que infringem o estatuto dos servidores.
Ele ainda esclareceu que a sindicância é sigilosa e que só as partes e advogados podem ter acesso a ela até a decisão final.
Para Jussara Monteiro, mãe que mobilizou o protesto da última segunda, o afastamento da diretora mostra que a comunidade pretende – e quer – ser pertencente à instituição.
“Eu fiquei sabendo pelo Diário Oficial. Formalmente, a Escola Jardelino ainda não nos informou nada. Eu espero, de verdade que eles nos informem, até porque é isso que nós, a comunidade escolar da Jardelino Ramos, esperamos. Que seja uma comunicação com a comunidade, que nos ouçam e, também, que nos passem a realidade da nossa escola. Não queremos trocar ela por outra pessoa que tenha o mesmo comportamento e a mesma atitude dessa diretora. Queremos ser pertencentes à Escola Jardelino. Quem vai ficar no lugar da diretora ainda não sabemos. Não fomos informados”, reforça.