A trajetória do menino Theo Damian, de apenas dois anos, tem comovido e mobilizado a comunidade de Bento Gonçalves e região. Prematuro extremo, ele nasceu em outubro de 2022 com apenas 900 gramas e, desde então, enfrenta uma série de complicações graves que afetaram seu desenvolvimento, incluindo hemorragia cerebral, hidrocefalia e retinopatia da prematuridade — doença que comprometeu sua visão.
Desde os primeiros meses, a mãe, Janaina Damian, tem buscado alternativas de tratamento em diferentes estados brasileiros. Em uma das tentativas, uma cirurgia em Curitiba chegou a devolver certa percepção de luz a Theo.
“A vitrectomia trouxe esperança, mas o tempo de espera fez com que um dos olhos perdesse a funcionalidade”, contou a mãe.
Sem alternativas no Brasil, a família se deslocou até a Tailândia para dar início a um tratamento com células-tronco no Hospital de Bangkok. Lá, o menino passou por dois meses de terapias intensivas.
“O Theo já apresenta um início de visão no olho esquerdo. Ele consegue perceber luzes e algumas cores, o que é muito significativo”, explicou Janaina.
No entanto, o olho direito não resistiu às complicações e precisa ser totalmente removido. Segundo a mãe, o menino sente fortes dores, o que tem desencadeado até crises epiléticas. A nova esperança vem do México, onde uma equipe médica especializada se dispôs a realizar o procedimento com técnicas menos invasivas, além de aplicar testes que não estão disponíveis no Brasil.
“O ideal seria que ele fosse para o México, onde eles têm recursos que podem tornar esse processo menos doloroso e mais seguro. Mas se ele não aguentar esperar, teremos que optar por uma cirurgia emergencial em Curitiba, que é a pior opção, porque envolve apenas a remoção e o fechamento do olho, sem a colocação de prótese”, relatou.
Tratamento no México
O custo estimado para a nova etapa do tratamento é de aproximadamente R$ 350 mil. O valor cobre exames, cirurgia, prótese ocular e deslocamentos internacionais. A mãe afirma que os pedidos feitos ao sistema público de saúde seguem sem resposta há mais de um ano.
“Não há tempo hábil para esperar. E os recursos do Estado não podem ser utilizados para tratamentos fora do país, apenas para procedimentos disponíveis aqui.”
Para viabilizar o tratamento, a família segue organizando campanhas de arrecadação por meio das redes sociais (@salvenossotheo), onde compartilha atualizações sobre o estado de saúde de Theo e as formas de contribuição.