
Após a confirmação de casos da Monkeypox, a varíola dos macacos, em cidades da Serra Gaúcha como Caxias do Sul, São Marcos, Garibaldi e, mais recente, em Monte Belo do Sul, a reportagem do Grupo RSCOM conversou com a chefe da vigilância epidemiológica de Farroupilha, Paulina Guizzo, para ter uma panorama da situação na cidade.
Conforme Paulinha, na última semana houve o registro de três casos suspeitos da doença. Ela explicou que todos foram descartados.
“Aqui em Farroupilha, houve três caos suspeitos. Realizamos as coletas e encaminhamos as amostras para o Lacen e o resultado veio em cinco dias com os três casos negativos. Eles foram descartados. Então aqui na cidade seguimos sem nenhum caso da monkeypox”, disse.
A principal forma de transmissão é por meio do contato por pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação geralmente é de 6 a 13 dias, mas pode chegar a até 21 dias.
Inicialmente, a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço principalmente no pescoço, axila ou virilha. Lesões na pele costumam a surgir mais frequentemente na face e extremidades.
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Ela também deu algumas orientações de cuidados para a população e comentou que todas as Unidades Básicas de Saúde estão preparadas para atender a população.
“Para o monkeypox todas as Unidades vão atender casos suspeitos. A população deve sempre procurar a unidade mais próxima de sua casa que terá atendimento”.
Origem do termo monkeypox
Com o objetivo de evitar que haja um estigma e que ocorram ações contra os macacos, o Ministério da Saúde orienta não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. Embora tenha se originado em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com eles: os macacos não são reservatórios do vírus.
Assim, o Ministério da Saúde adotou o termo monkeypox, denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O nome “varíola dos macacos” se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.