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Após 44 anos desaparecida, idosa é localizada pela Polícia Civil em Garibaldi

Ela estava vivendo em um espaço pequeno, sem luz, banheiro e exposta a condições degradantes

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

Na tarde da última terça-feira (31), a Polícia Civil de Garibaldi, com acompanhamento de uma psicóloga e assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), se deslocou para um hotel no Centro da cidade, onde após denúncias anônimas, foram averiguar a situação de uma mulher que estaria em situação de maus-tratos. Pelas informações, ela ainda estaria vivendo em um quarto muito pequeno, sem luz, banheiro e exposta a condições degradantes, junto ao pátio de estacionamento do hotel.

No local foi encontrada uma idosa, com sinais aparentes de alienação mental, a qual informou estar no local há aproximadamente dez anos. Ela relatou ter sido funcionária do hotel por muitos anos. O fato gerou um registro de ocorrência, quando foi verificado que a mulher, de 73 anos, estava desaparecida desde 1979, sendo o fato registrado por familiares no ano de 2021, a partir de solicitação do Instituto Geral de Perícias 9IGP), visto que o material genético da irmã da desaparecida já havia sido coletado.

Ouvidos informalmente sobre o fato, os responsáveis pelo hotel informaram que a mesma, tempos antes, trabalhou em outro hotel da cidade e que no atual foi servente, trabalhando de 1990 a 2000. Antes ela ocupava outro quarto no hotel e não no espaço em que estava morando. Sobre as condições em que essa idosa vivia, disseram que ela não gostava muito da aproximação de pessoas em seu quarto e que tinha liberdade para sua locomoção.

Os familiares da idosa foram localizados em Cachoeirinha, os quais rapidamente se dirigiram para Garibaldi, aonde foi promovido o reencontro da família. Até a chegada dos entes, a idosa foi encaminhada pelas equipes para uma Casa de Passagem, onde foi alojada provisoriamente. Ela também foi submetida a exames médicos e retornou para Cachoeirinha, com uma irmã e dois sobrinhos.

As equipes que estiveram prestando o auxílio de resgate da idosa relataram ser “um dia muito feliz aqui na DP de Garibaldi, foi emocionante presenciar o encontro de familiares, distantes há mais de 40 anos, sem saber se a pessoa desaparecida estaria bem de saúde, viva.” Outro fato a ser destacado é o serviço que o IGP desenvolve através de um banco de dados, sobre pessoas desaparecidas, e ao mesmo tempo coleta de material genético para eventualmente ser utilizado em um exame de confronto, quando pessoa desaparecida é encontrada viva ou não.

O Delegado Clóvis informou que após 44 anos de atividade policial foi a primeira vez que fato dessa natureza ocorreu com ele. Referiu ainda que as famílias que tem um de seus membros desaparecidos nunca percam as esperanças de um possível reencontro.

O delegado destacou também o reconhecimento ao trabalho de acompanhamento da Secretaria de Saúde e Assistência Social, através dos profissionais do CREAS, Psicóloga e Assistente Social, as quais por sua experiência, foram fundamentais para o melhor encaminhamento do caso apresentado.

Informações da Polícia Civil de Garibaldi