Ana Marcela Cunha. Dona do prêmio de maior nadadora de águas abertas do mundo por seis vezes (2010, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019), a baiana chegou na capital japonesa com 33 medalhas de ouro, 16 de prata e 17 de bronze nas etapas dos mundiais da Fina (Federação Internacional de Natação), mas faltava uma no currículo de uma das maiores nadadoras da história. E foi no melhor estilo possível, com ouro nos 10km da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
“Todas as medalhas olímpicas conquistadas pelo Brasil me inspiraram muito, principalmente as do Fernando Scheffere o Bruno Fratus, por serem da natação”, comentou Ana Marcela, ao fim da prova.
Ana Marcela Cunha, o número 8, largou entre as 25 competidoras já buscando o pelotão da frente. A partir dos primeiros 20 minutos, com cerca de 5km nadados, a Ashley Twichell, atleta de 32 anos dos Estados Unidos, assumiu a ponta, puxando o ritmo da Ana Marcela Cunha no início da cometição, que manteve-se na segunda colocação. As duas estavam acompanhadas de perto pela xxxx, do Comitê Olímpico Russo (ROC). Ao fim da primeira volta (1,4 km), com 18m15s60, a brasileira optou por não se hidratar nessa primeira oportunidade e assumiu a liderança. Mas ditar o ritmo da prova não é característica da Ana Marcela.
Na segunda volta, a americana Twichell ultrapassou a brasileira, que viu a alemã Leonie Beck se aproximando em terceiro. As três brigaram na ponta na maior parte da prova. Próxima dos 8km, a brasileira sofreu o ataque da holandesa Sharon van Rouwendaal, atual campeã olímpica da prova, caindo para a 4ª posição.
Mas a emoção ficou guardada para o último 1,5km. Nesta reta final, todas as nadadoras aceleraram muito, provocando novo alinhamento. Ana Marcela colocou um corpo de vantagem no último 1km e manteve-se na liderança até consagrar-se como a primeira campeã olímpica do Brasil na maratona aquática.
Fonte: Correio Braziliense