Comportamento

Aids no RS: aumento de casos e mortalidade em alerta

Boletim revela desafios no combate ao HIV no Estado exigindo ação imediata e conscientização no Dezembro Vermelho

Aids no RS: aumento de casos e mortalidade em alerta. (Pexels/Anna Shvets)
Aids no RS: aumento de casos e mortalidade em alerta. (Pexels/Anna Shvets)

O Boletim Epidemiológico do HIV e da Aids, lançado pelo Ministério da Saúde em dezembro em comemoração ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, destaca a preocupante situação no Rio Grande do Sul. O estado ocupa o sexto lugar em taxas de novos casos e lidera em mortalidade, chamando a atenção pelos índices.

Comparando os anos de 2020 e 2022, o Brasil registrou um aumento de 17,2% nos casos de infecção pelo HIV, com um acréscimo de 3% no Rio Grande do Sul. Em 2022, o estado figurou como o sexto com a maior taxa de detecção de Aids no país, apresentando 23,9 casos por 100 mil habitantes, enquanto lidera em coeficiente de mortalidade, com 7,3 óbitos por 100 mil habitantes.

Os dados destaca a necessidade de abordagens inclusivas diante das desigualdades sociais e do estigma em torno do HIV/Aids. Medidas importantes incluem a expansão da testagem rápida, a oferta de profilaxia pré e pós-exposição ao HIV, e tratamentos eficazes para controlar a carga viral. No RS, iniciativas como o Projeto Geração Consciente e a testagem obrigatória em gestantes foram implementadas.

O Dezembro Vermelho, marcado pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids, destaca a mobilização nacional na prevenção do HIV e outras IST. A campanha “Cuide da sua vida” busca conscientizar sobre a importância da testagem regular, uso de preservativos e acesso à profilaxia. A alta mortalidade no estado reforça a necessidade de diagnósticos precoces e tratamento imediato.

O boletim apresenta dados específicos para o RS em 2022, incluindo 2.920 casos de HIV notificados, 950 gestantes infectadas, 1.130 óbitos por Aids, e uma taxa de mortalidade de 7,3 por 100.000 habitantes. Entre as capitais, Porto Alegre lidera em índices compostos nos últimos cinco anos, e seis cidades gaúchas estão entre os 100 municípios mais afetados.

Confira na íntegra: Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2023