As águas da Lagoa dos Patos começaram a recuar nos municípios da zona sul do RS. Na manhã desta quinta-feira (30), a água havia recuado bastante na localidade do Cedrinho, na colônia Z3, em Pelotas. Conforme o Secretário Municipal de Assistência Social, Tiago Bündchen, a situação já era prevista.
“O vento pode virar ainda nesta quinta-feira, então os moradores seguem apreensivos acompanhando a situação, analisando a possibilidade de voltar pra casa”, relata. Três famílias da colônia z3 seguem no abrigo, outras duas na casa de familiares. “Se continuar assim, eles devem voltar para casa até está sexta-feira”, projeta o coordenador municipal da Defesa Civil, Fernando Bizarro.
No Pontal da Barra a situação também melhorou. Três famílias foram para casa de familiares e amigos após atendimento de equipe médica. A previsão é que, na tarde desta sexta-feira, uma equipe da Prefeitura com um médico, uma enfermeira e uma assistente social vá até o Pontal da Barra realizar novo atendimento para a população. O local é moradia para em torno de 60 famílias, em sua maioria de pescadores.
Em Tapes, após a subida repentina na última semana, a Prefeitura iniciou o processo para a colocação de pedras de contenção no entorno da Vila dos Pescadores, cujo objetivo é prevenir as enchentes e minorar os prejuízos dos moradores com os eventos climáticos. Em torno de 200 pessoas moram no local.
Na cidade de São José do Norte, conforme o coordenador municipal da Defesa Civil, Jonas Costa, ninguém precisou sair de casa. “Normalmente a água sobre durante a manhã e recua a tarde, em função do vento nordeste, mas nada comparado ao que ocorreu em setembro”, relata.
Não há desabrigados ou desalojados na cidade. Segundo ele, nos casos de cheias os moradores que mais sofrem são os que moram próximos à hidroviária, nas ruas Conde de Porto Alegre e Evilásio Setembrino Gautério.
“Como fizemos uma barreira para água não entrar nas casas nestes locais, com terra e lona a situação por enquanto está tranquila. Também trancamos o trânsito para os veículos não jogarem água nas casas”, relata.
A lancha e a balsa que ligam o município a Rio Grande seguem funcionando normalmente, apenas, foi construída uma ponte com acessibilidade, para que as pessoas a pé não precisem se molhar para acessar o meio de transporte. Em Rio Grande, também a água baixou e o transporte coletivo urbano foi retomado tanto na Ilha dos Marinheiros como na Torotama.
Fonte: Correio do Povo