“Afinar a sintonia e buscar esclarecer dando a melhor informação ao eleitor”. Foi desta forma que o presidente do TRE , desembargador Jorge Luís Dall`Agnoll definiu ao receber dezenas de jornalistas e representantes de direção das emissoras de rádio e TV da serra em encontro na tarde de sexta-feira no auditório da Reitoria da UCS em Caxias do Sul. Os “Diálogos Eleitorais”, vem sendo realizados em diversos polos regionais do estado numa promoção conjunta do Tribunal Regional Eleitoral e da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV (Agert).
O encontro contou com a juízes, desembargadores e corregedora da Justiça Eleitoral e foi mediado pela advogada da Agert Débora Dalcin Rodrigues pontuando questões que costumam gerar dúvidas aos comunicadores no período eleitoral.
Informações errôneas dando conta da possibilidade de adulteração do resultado eleitoral por conta do voto eletrônico ou o de que mais da metade dos votos sendo anulados promoveriam a anulação da eleição foram desmentidos. Estes e outros mitos serão tema de campanha educativa por parte do TRE que convocou os meios de comunicação para a divulgação.
Dall´Agnoll lembrou que o período eleitoral é próprio para o acirramento de ânimos e o Rio Grande do Sul é terreno fértil para o antagonismo. Destacou preocupação com a disseminação de fake news, citando estudo do Massachusetts Institut of Technology onde se revela que uma fake facilmente chega a 100 mil compartilhamentos e a notícia real não passa de mil. “Neste contexto os órgãos de comunicação são muito necessários. É preciso levar informação correta ao eleitor e contamos com os ´órgão tradicionais, pela sua credibilidade, para tanto”.
Roberto Cervo Melão, presidente da Agert, agradeceu a disponibilidade do Tribunal “O TRE sai do gabinete demonstrando o respeito que estes juízes e desembargadores têm em relação a tudo que acontecerá em outubro. A cada entrevista estamos caminhado sobre o fio da navalha e as punições previstas podem inviabilizar economicamente o ano de uma emissora”, advertiu.
A advogada Débora Rodrigues, lembra que cada multa à emissora de rádio ou TV começa em R$ 104 mil reais e pode levar à retirada do sinal do ar por um período. “Precisamos continuar fazendo jornalismo, mas é preciso cuidar do conteúdo e não fazer campanha”. Para a advogada, jornalista ou comunicador é figura pública e mesmo suas redes sociais pessoais não permitem que se dissocie de sua figura da relação com a empresa de comunicação em que trabalha.