Porto Alegre e Rio Grande do Sul - O advogado e professor de Direito Conrado Paulino da Rosa foi preso na manhã desta sexta-feira (26), em Porto Alegre, dois dias após passar a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele é investigado por suspeita de abusos sexuais contra mulheres, entre 2013 e 2025.
Segundo o Correio do Povo, a assessoria do advogado Paulo Fayet, que representa a defesa do professor, divulgou uma nota em que afirma que a prisão é temporária. A defesa ainda afirma que considera a medida desproporcional, ressaltando que Conrado ainda não foi ouvido e não teve oportunidade de apresentar suas provas.
Segundo a delegada Fernanda Campos Hablich, da 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o número de mulheres que alegaram terem sido vítimas do professor de Direito praticamente dobrou desde que a denúncia foi divulgada, na semana passada. Ela confirma que 10 possíveis vítimas procuraram a delegacia para realizar denúncias.
“A posição que o suspeito ocupa, mesmo que não tenha de fato exercido esse poder, influencia bastante na não-denúncia por parte das vítimas”, afirmou.
A delegada também afirma que há base sólida na apuração, com elementos que indicam a materialidade do caso. A investigação segue com a escuta de vítimas e testemunhas. Conrado será o último a ser ouvido.
Conrado Paulino da Rosa era professor de graduação e mestrado em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) de Porto Alegre. Ele foi desligado da instituição na semana passada.
Confira a declaração da defesa do suspeito
A defesa de Conrado Paulino da Rosa considera a prisão temporária uma medida desproporcional, visto que ele vinha cumprindo rigorosamente todas as determinações judiciais. Diante disso, ingressará com pedido de Habeas Corpus (HC) junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Ressalta-se, ainda, que Conrado não foi ouvido, até o momento, nem teve a oportunidade de apresentar suas provas perante a autoridade policial.