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Advogado britânico e conselheiro da rainha vai à ONU em defesa de Lula

Advogado britânico e conselheiro da rainha vai à ONU em defesa de Lula

O advogado britânico e conselheiro da rainha da Inglaterra Geoffrey Ronald Robertson denunciará o julgamento de Lula no TRF4 à Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima segunda-feira, dia 29. Robertson diz que apresentará “mais provas à ONU descrevendo as violações cometidas contra os direitos humanos de Lula” e que “Não haverá justiça para Lula na Justiça brasileira”

Robertson é um “QC”, ou seja, “Queen’s Counsel”, um “conselheiro da rainha”, categoria de advogados nomeados pela rainha da Inglaterra que podem atuar nos mais de 50 países da comunidade britânica.

Foto: Divulgação


“Lula é a maior figura que emergiu internacionalmente do Brasil. Não dá imunidade, mas precisa de um olhar justo. Não acho que o caso de Lula avançaria na Inglaterra. Não há evidência de que ele fez qualquer coisa”, disse Robertson a jornalistas após o fim da sessão.

Lula não teve um julgamento justo diante de Moro. Não tem a ver com ser culpado ou não, mas com os procedimentos”, disse o australiano.

-“O juiz Moro atuou com pré-julgamento, pois ele foi o juiz de investigação de Lula. Ele demonizou Lula, contribuiu para filmes e livros que difamaram o ex-presidente e encorajou o público a apoiar sua decisão. Moro jamais poderia se comportar assim na Europa”

-“Depois, divulgou para a imprensa áudios capturados de forma irregular de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff. Pediu desculpas, mas imediatamente deveria ter sido retirado do caso.”

O advogado também reclamou do presidente do TRF4, desembargador Thompson Flores. “Eu fiquei preocupado com o comportamento de Thompson Flores, o presidente”, disse se referindo à declaração de Flores sobre a sentença ser irretocável. O advogado também citou o caso da chefe de gabinete de Flores, que pediu a prisão de Lula no Facebook.

Robertson atua na defesa de Lula desde 2016 quando a primeira denúncia foi levada à ONU por supostos abusos do juiz Sérgio Moro, no processo de primeiro instância.