O Presídio Estadual de Bento Gonçalves, localizado na área central do município, está em processo de desocupação. No dia 1º de novembro foi concluída a transferência de 385 apenados; 364 homens e 21 mulheres para nova penitenciária na Linha Palmeiro, interior da cidade.
A antiga estrutura, construída em 1956, na época conhecida como cadeia pública, tinha como objetivo abrigar poucos detentos no município, mas nos últimos anos chegou a funcionar em superlotação.
Diversos objetos como potes, cobertores, colchões, celulares, escovas, livros e muito mais ainda enchem as celas. Estas que abrigavam o triplo do número estipulado de 96 detentos. O prédio contava com uma cela feminina, considerada a melhor do local, onde vinte mulheres conviviam. Assim como a maior cela masculina, onde sessenta homens estavam reclusos. Também contava com a “Cela do Castigo” em que os apenados que desrespeitavam as ordens, passavam cerca de dez dias em detenção.
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O Diretor Geral, Volnei Zago, salienta que o antigo presídio não oferecia mais nenhuma forma de ressocialização para os apenados, diferente do que ocorre na estrutura recém-inaugurada.
“Não tinha mais condições de ressocialização aqui, até porque anos atrás quando mantínhamos PAC’S de trabalho prisional com algumas empresas, tiveram que ser minadas por falta de espaço dos presos confeccionarem o trabalho dentro da cela que acabou lotando e também o pavilhão de trabalho foi transformado em uma cela também, que depois foi desativada por falta de segurança. Ainda mantínhamos os trabalhos com as religiões e os professores que davam aulas”, diz.
O local agora deve ser destruído até o final deste ano, sendo entregue à Prefeitura de Bento Gonçalves, que deve construir algo novo revertido para a comunidade. Até o momento não existe uma definição.
