O número de escolas da rede estadual de ensino que aderiram à greve dos professores aumentou em Caxias do Sul. Um levantamento da 4ª Coordenadoria Regional de Educação, realizado nesta segunda-feira, dia 11, listou 33 escolas paralisadas, sendo 16 em paralisação total, 17 com as atividades parcialmente suspensas e duas com os horários de aula reduzidos. No último levantamento, realizado na semana passada, 25 escolas estavam em greve.
Entre as instituições mais representativas em número de estudantes e professores, destaca-se o Cristóvão de Mendoza, com adesão parcial, e os colégios Imigrante, ETecs, Assis Mariani, Maria Araci e São Caetano, com adesão total. Também são registradas paralisação das atividades em outras 17 escolas nos municípios que fazem parte da 4ª CRE, como em Jaquirana, São Francisco de Paula e Canela.
A greve iniciou na última quinta-feira, feriado de 7 de setembro, quando os professores decidiram pela paralisação após o depósito de apenas R$ 350,00 de salário. No decorrer da semana passada, os docentes receberam mais uma parcela de R$ 170,00 e outra de R$ 280,00. Ontem, foi depositada uma parcela no valor de R$ 400,00 por matrícula e nesta terça-feira, dia 12, o governo do estado pagou mais R$ 800,00 aos docentes.
De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos da 4ª CRE, Cristina Fabris, não há previsão de quando as escolas vão retomar as atividades. “Pode ser que agora a gente esteja em um momento de avanço de greve, mas tudo vai depender da mesa de negociação, se os professores vão conseguir sentar com o governo para definir isso. Temos que observar se as escolas vão cada vez mais aderir ou se os professores vão recuar. Agora a gente está em um momento que a greve está em processo de crescer, mas só mais pra frente podemos dar um parecer sobre o retorno total das aulas”, explica Cristina.
Na manhã de ontem, dia 11, cerca de 70 estudantes das escolas caxienses protestaram contra o parcelamento de salário dos professores. Ainda no ato, os docentes e funcionários das instituições também se manifestaram contrários às medidas, em frente a 4ª CRE da cidade.