Cidades

Acusados de matar e incendiar morador de rua, vão a júri popular em Novo Hamburgo

O crime aconteceu na madrugada de 23 de julho de 2021, em uma casa abandonada onde a vítima morava

Acusados de matar e incendiar morador de rua, vão a júri popular em Novo Hamburgo. (Foto: Silvio Milani/ GES)
Acusados de matar e incendiar morador de rua, vão a júri popular em Novo Hamburgo. (Foto: Silvio Milani/ GES)

Nesta quinta-feira (09), a partir das 9h, o Tribunal do Júri de Novo Hamburgo, na região do Vale do Sinos, estará conduzindo o julgamento de um homem e uma mulher, acusados de matar o morador de rua Antônio José Berman, de 61 anos.

Os ex-namorados são acusados de cometer um homicídio qualificado, no qual se alega o uso de meios que dificultaram a defesa da vítima, bem como destruição de cadáver e incêndio. A magistrada responsável por presidir o júri é a juíza Anna Alice da Rosa Schuh.

Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público, o delito ocorreu nas primeiras horas do dia 23 de julho de 2021, dentro de uma residência desocupada, onde a vítima, apelidada como “Mano”, estava dormindo. O local do crime era uma casa situada na interseção das vias Machado de Assis e Tuperandi, no bairro Ideal.

Os acusados teriam ido até o local para usar drogas. Segundo o MP, após um desentendimento entre Mano e a acusada, que já se conheciam, a mulher passou a desferir socos contra a vítima, sendo auxiliada pelo então namorado, que começou a sufocar o mendigo e o golpeou com uma picareta.

Conforme as alegações da denúncia, após cometer o crime, o casal teria incendiado o local onde o corpo da vítima estava, resultando na carbonização do cadáver. No dia seguinte, a acusada abordou uma viatura da Brigada Militar para admitir sua participação no homicídio. Ela argumentou que havia sido vítima de estupro por parte de Berman e que ele teria assediado outras pessoas.

A mulher ainda relatou que, no dia do incidente, o morador de rua teria tentado agredi-la sexualmente, levando-a, junto com seu parceiro, decidir matá-lo. Ela foi detida após sua confissão. O ex-namorado nega qualquer envolvimento no assassinato e enfrenta o processo em liberdade.