Comportamento

Acúmulo de lixo em escola do 4º Distrito de Farroupilha tem se tornado problema para a comunidade

Acúmulo de lixo atrai ratos, baratas e animais de rua, que rasgam as sacolas espalhando os resíduos

ESCOLA 4º DISTRITO
Imagem de outubro de 2022 mostra o acúmulo de lixo nas dependências da escola (Foto: Divulgação)

Uma situação de longa data que já vem causando incômodo em todos que frequentam a escola Padre Vicente Bertoni, na localidade do 4º Distrito de Farroupilha na Comunidade São Roque, é o problema do lixo que fica acumulado no pátio da escola.

Desde o ano de 2017 a escola, que atende 250 alunos e conta com 30 colaboradores sejam professores e funcionários, passou a ter o recolhimento dos resíduos.

O lixo fica no pátio, atraindo assim ratos e baratas. A escola fica no Vale Trentino, onde não há coleta de lixo na comunidade, então todos os moradores depositam o lixo nas proximidades da instituição de ensino, o que atrai animais que ficam na rua como cachorros, que por consequência rasgam estes sacos de lixo.

O diretor da escola Padre Vicente Bertoni, Mateus Silveira, falou sobre esta situação que parece não ter uma solução:

“Acumula muito lixo, nós temos que manter este lixo dentro do pátio da escola em virtude dos animais de rua. Dentro do pátio da escola ele chama ratos, baratas e desde o ano passado nós já tentamos fazer este movimento com o Poder Executivo, Poder Legislativo. A situação não se resolve”, esclareceu Silveira.

Ainda segundo Silveira, não existe qualquer separação dos resíduos entre orgânico e seletivo:

“Sem contar que, quando recolhe, recolhe os dois lixos juntos, o lixo orgânico e o seletivo, então toda a separação que se faz na escola, todo trabalho de educação ambiental que se faz cai por terra quando a coleta é feita de forma unificada”, revelou o diretor.

Inicialmente, quando era necessário fazer a coleta, a escola então ligava para a Prefeitura, que se prontificava e realizava o recolhimento. Na gestão do ex-prefeito Pedro Pedrozo (PSB), essa coleta passou a ser mensal, o que segue ocorrendo até o momento.

Recentemente, no final do ano passado, depois de pedidos para que a coleta fosse realizada em um período mais curto e frequente, o recolhimento dos resíduos passou para quinzenal, porém com esta periodicidade a coleta durou cerca de três meses, voltando a ser mensal.

No final do último ano a Ecofar repassou à escola que o contrato com o município nas localidades do interior seria de coletar os resíduos uma vez por mês, ocorrendo na penúltima quinta-feira de cada mês.

Em contato com a secretária de Urbanismo e Meio Ambiente do município, Cristiane Girelli, por conta da escola estar localizada no interior, não existe viabilidade para que este recolhimento ocorra em um período mais curto de tempo. Segundo ela “a escola recebeu um contentor de resíduo reciclado, como todas as demais, no ano passado e esta escola pediu para que o mesmo fosse retirado do pátio da escola e colocado na rua”, porém “o que está acontecendo ali é que todos (os moradores) colocam (lixo) e inclusive misturam todos os tipos de resíduos”.

Girelli também falou que o período de recolhimento quinzenal que ocorreu na escola foi uma “gentileza” da Ecofar durante o período, porém não é possível viabilizar o prosseguimento da periodicidade. A secretária comentou ainda que a pasta está em contato com o diretor da escola para que seja criado um projeto de educação ambiental que conscientize a sociedade de que tipo de material pode ser descartado ali.

O assunto foi pauta de sessão na Câmara de Vereadores do município, em tema levantado pelos vereador Juliano Baumgarten (PSB). Um abaixo assinado foi feito pelos pais e pessoas da comunidade que também foi apresentado na Câmara.

Neste momento, por conta das aulas terem retornado recentemente e o recolhimento feito há poucos dias, a situação é contornável, entretanto nos próximos dias a situação deve começar a se agravar novamente, até o recolhimento previsto para o dia 23 de março.