A partir das 17h deste domingo (7) se encerra a votação para as Eleições 2018 no território nacional. É possível acompanhar a apuração por meio do site do Tribunal Superior Eleitoral, no link: http://divulga.tse.jus.br/index.html
Veja como foi o voto de cada candidato a presidente da República:
Álvaro Dias
O candidato do Pode à Presidência da República, Alvaro Dias, votou na manhã de hoje (7), no Colégio Mãe de Deus, em Londrina, no Paraná. Após a votação, ele concedeu uma entrevista coletiva em que se disse preocupado com a desigualdade acentuada no país e que se apresenta de modo mais claro durante as eleições.
Segundo o candidato, a forma como se faz política no Brasil privilegia apenas alguns em detrimento de outros. De acordo com ele, a campanha é “antidemocrática, desonesta e injusta”, porque nem todos os candidatos têm as mesmas oportunidades para participar de entrevistas e debates.
Com um discurso de quem demonstra não ter confiança que irá para o segundo turno, Alvaro Dias afirmou que o país deve entrar em uma nova etapa. “Iniciar um tempo que é possível fazer muito mais e colocando na cadeia quem rouba.”
O vídeo do candidato concedendo entrevista coletiva foi divulgado no perfil pessoal dele no Facebook.
Cabo Daciolo
O candidato à Presdência, Cabo Daciolo (Patriota), votou às 10h40 no Colégio MV1, no Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro.
Acompanhado da esposa, Cristiane, dos três filhos, de pais, irmãos e de colegas bombeiros, Daciolo evitou falar sobre os possíveis cenários do segundo turno.
O candidato chegou ao local, com a Bíblia nas mãos. Segundo sua esposa, Daciolo ajudou uma cadeirante no deslocamento até a urna.
A expectativa é de que ele acompanhe a apuração junto com amigos. O local ainda não foi definido, mas, segundo a esposa, deverá ser em um dos montes, onde costuma fazer orações e louvores.
Ciro Gomes
O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), votou hoje (7) pela manhã em Fortaleza. Na chegada à zona eleitoral, Ciro foi recebido por sua neta Maria Clara e disse estar confiante de ir ao segundo turno das eleições. Em pesquisa divulgada neste sábado (6) pelo Instituto Datafolha, o candidato aparece em terceiro lugar com 15% das intenções de votos válidos, atrás de Bolsonaro (40%) e Haddad (25%).
“Vou no segundo turno fazer uma campanha diferente de todas as que o Brasil já assistiu, porque se eu chego ao segundo turno é porque o povo brasileiro decidiu derrotar os poderosos do baronsto financeiro, banqueiros, dos partidos políticos tradicionais, da roubalheira, da concentração de mídia e portanto é uma revolução que o povo brasileiro está pedindo”, afirmou. “O que eu vou fazer é uma revolução no Brasil”, completou.
Ontem à noite, Ciro encerrou a campanha em uma caminhada na cidade Sobral, reduto eleitoral de sua familia e atualmente administrada atualmente por seu irmão, Ivo Gomes. O ato parou as principais ruas da cidade, em clima de carnaval fora de época, com apoiadores vestidos de amarelo, adesivos e bandeirões. Ao discursar, Ciro Gomes voltou a dizer que é o único que pode “vencer o ódio e unir a família brasileira”.
“Eu sou o único que vence o Bolsonaro e o Haddad com larga folga e eu não quero fazer isso contra ninguém. Eu quero fazer isso para unir o povo brasileiro e dar esperança para o povo brasileiro”, disse.
Fernando Haddad
O candidato à presidente Fernando Haddad (PT) votou às 9h50 de hoje (7), na Brazilian International School, em Indianópolis, bairro da zona sul de São Paulo. Ele foi recebido com aplausos e gritos de apoio por cerca de 50 militantes. Haddad estava acompanhado da esposa, Ana Estela, além dos candidatos petistas ao Senado por São Paulo, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto e outros correligionários. Com forte esquema de segurança, o candidato teve um pouco de dificuldade para acessar a sala de votação.
Pouco antes de votar, o candidato posou com a esposa fazendo o tradicional sinal de vitória com as mãos. À imprensa, ele disse estar confiante que passará para o segundo turno e falou que espera um dia de tranquilidade e de respeito à diversidade. “No segundo turno, você tem mais tempo de comparar projetos, mais tempo de diferenciar as propostas dos candidatos e, se confirmar o prognóstico das pesquisas, são dois projetos tão diferentes que vai ficar mais fácil para o cidadão optar no segundo turno.”
Geraldo Alckmin
O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) votou às 10h40 no Colégio Santo Américo, bairro do Morumbi na capital paulista. Ele chegou acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, João Doria, da esposa, dos filhos e de apoiadores.
“Hoje é o dia maior da democracia. Não há poder legítimo que não seja através da liberdade, democracia – o grande valor, o grande princípio é o governo do povo. Portanto, hoje quem fala é o eleitor. A nós, cabe aguardar o resultado das urnas com muita confiança”, declarou.
Mesmo estando em quarto lugar nas pesquisas eleitorais, o candidato disse ter boas expectativas. “Eleição é em dois turnos. Nós embolados no terceiro lugar. Vamos aguardar o resultado”, disse. Alckmin preferiu não comentar sobre possíveis apoios ao segundo turno.
O candidato vai acompanhar a apuração dos votos em sua casa, na capital.
Guilherme Boulos
O candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, votou na manhã (7), no bairro de Perdizes, em São Paulo. Acompanhado da mulher Natália Szermeta e das filhas, Boulos foi recebido na entrada da PUC São Paulo por correligionários e apoiadores.
As imagens do candidato com a família foram divulgadas nas redes sociais.
Ontem (6) Boulos intensificou a campanhas nas redes sociais, pediu voto, destacou a importância da conscência e a necessidade de reagir às pressões.
“Não deixe manipularem seu voto nem com ódio nem com medo. Vote no que acredita”, apelou o candidato na sua conta no Twitter.
Henrique Meirelles
O candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, votou por volta das 9h40 da manhã, no Colégio Rio Branco, no bairro de Higiénópolis, região central da capital paulista. Ele estava acompanhado do candidato a governador do estado de São Paulo, Paulo Skaf. Depois de registrar seu voto na urna eletrônica, Meirelles fez o sinal de vitória e disse que isso representava a confiança no povo brasileiro e na democracia.
“O Brasil hoje está exercendo o grande direito de votar e como já dizia a sabedoria política brasileira de algumas décadas, eleição e mineração só depois da apuração. Então nós estamos empenhados principalmente em levar a mensagem que é principalmente a da verdade. Nossa grande ideia, nessa eleição, é a de que eu posso não ganhar seu voto, mas vou ganhar seu respeito. Isso é fundamental. O que o Brasil está precisando no momento é respeito”, disse.
Meirelles destacou que o país precisa de respeito aos direitos fundamentais, a uma vida digna e ao governo, principalmente às finanças públicas, ao dinheiro do povo. “Não existe dinheiro do governo. O dinheiro do governo é do povo. Temos que tratar o dinheiro do povo, do governo, da mesma maneira que cada um trata o dinheiro na sua casa”.
Jair Bolsonaro
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) votou às 9h de hoje (7) no Rio de Janeiro. Ele chegou à seção eleitoral na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, acompanhado do filho Flávio Bolsonaro, que é candidato ao Senado. Agentes da Polícia Federal e militares do Exército fizeram a segurança do candidato.
“Dia 28, vamos à praia”, disse ele ao chegar à escola. “Não haverá negociação partidária. Temos 350 parlamentares”, acrescentou Bolsonaro.
Após digitar os números na urna, Bolsonaro posou para fotos e fez o sinal de positivo.
Bolsonaro saiu da escola sem falar com a imprensa e foi para casa na Barra da Tijuca. Ele deve passar o domingo em casa. Segundo o candidato, sua situação de saúde ainda é delicada, devido à facada que levou no início de setembro, por isso não pode ter tanto contato com as pessoas como antes.
É esperado, no entanto, que ele dê uma entrevista coletiva depois do resultado das eleições, no Hotel Windsor Barra, que fica próximo ao condomínio onde Bolsonaro mora. Grades foram colocadas em frente ao hotel, que também, conta com segurança de guardas municipais.
João Amoêdo
O candidato à Presidência pelo partido Novo, João Amoêdo, votou hoje (7) por volta das 10h na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Rio de Janeiro. Segundo sua assessoria, Amoêdo vai acompanhar a apuração dos votos em sua casa.
Nas redes sociais, Amoêdo disse que está confiante que haverá segundo turno e pediu que os eleitores aproveitem o primeiro turno para votar pela renovação. “Vamos votar com convicção. Vamos votar sem medo.”
Amoêdo ressaltou que conquistou o quinto lugar, segundo as pesquisas de intenções de voto, sem coligações nem dinheiro público.
Após a apuração dos votos, o candidato vai conceder uma entrevista coletiva no Hotel Praia Ipanema, no Rio de Janeiro.
João Goulart Filho
O candidato à Presidência da República pelo PPL, João Goulart Filho, votou hoje (7) pela manhã, em uma escola infantil em Brasília. Segundo ele, caso não siga para o segundo turno, na próxima terça-feira (9) haverá uma reunião partidária para definir quem a legenda apoiará na disputa do dia 28.
Questionado quem ele apoiaria em um eventual segundo turno, João Goulart Filho afirmou que aguardará a decisão da Executiva Nacional do PPL, em São Paulo, no dia 9.
Nas redes sociais, o candidato apelou para a consciência do eleitor. “Vote pelo aumento real do salário mínimo, pela distribuição de renda e pela autonomia nacional. Apoie quem luta pela maior riqueza do Brasil: o povo trabalhador.”
Em entrevista ao jornal chileno La Terceira, João Goulart Filho destacou a importância de todos unirem força para “impedir o retrocesso”.
José Maria Eymael
O candidato à Presidência da República pela Democracia Cristã (DC), José Maria Eymael, votou hoje (7) no Colégio Palmares, em São Paulo. Ele ressaltou que votar é um dever da cidadania.
“Cumpri meu dever cívico de cidadão: escolher aqueles que irão dirigir os destinos desta nação pelos próximos 4 anos. Votar é escolher, encontrar caminhos, é cidadania”, afirmou o candidato nas redes sociais.
Em seguida, Eymael fez uma rápida oração: “Que Deus abençoe nossa nação e nosso povo, na missão de construir uma sociedade livre, justa e solidária, como escrevi na Constituição do Brasil”.
O candidato não fez menção às pesquisas de opinião nem indicou, se não for para o segundo turno, quem apoiará no segundo turno.
Marina Silva
A candidata à Presidência da República da Rede, Marina Silva, votou hoje (7) às 9h40, horário do Acre (11h40, horário de Brasília), na sede do Incra, em Rio Branco. Acompanhada do marido Fábio e de uma das irmãs, ela reiterou que o “Brasil não precisa ficar entre a cruz da corrupção e a espada da violência”.
Marina Silva afirmou que, em 2014, as eleições foram atingidas pelas denúncias de corrupção e uso de caixa 2. Ao citar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-Rio) e o atentado contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ela, disse que a ameaça este ano está concentrada na violência.
Confiante de que irá para o segundo turno das eleições, Marina Silva não disse quem pode vir a apoiar. De acordo com ela, esse tipo de decisão só deve ser anunciada depois de proclamado o resultado das urnas pela Justiça Eleitoral.
De Rio Branco, Marina Silva segue para Brasília, onde passará o resto do dia e a noite. A assessoria de imprensa da candidata informou que ela pretende conceder entrevista coletiva no comitê de campanha, na aérea central de Brasília, após a divulgação do resultado eleitoral.
Vera Lúcia
A candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia (PSTU), votou hoje (7) na Escola Juscelino Kubitschek, em Aracaju, em Sergipe. Acompanhada de correligionários e apoiadores, a candidata afirmou que o partido se reunirá amanhã e até quarta-feira (10) anunciará quem vai apoiar em um eventual segundo turno.
Vera Lúcia apelou para que os trabalhadores se organizem independentemente do vitorioso nas eleições. “Qualquer que seja aquele que seja eleito, os trabalhadores, sobretudo, os mais pobres precisam se organizar”, disse. “[Daí o] chamado à rebelião e à organização.”
Para a candidata, sua campanha foi “vitoriosa”, pois apresentou à sociedade alternativas à crise política, econômica e social porque passa o país.