Tanto Cosan (CSAN3) quanto sua empresa controlada Raízen (RAIZ4) já passaram pela temporada de resultados do primeiro trimestre (1T22). E se os investidores ficam na dúvida em qual ação comprar entre as duas companhias do agronegócio brasileiro, os analistas têm a resposta.
A Ágora Investimentos tem preferência pelas ações da holding Cosan em detrimento da Raízen, cujos papéis ainda não recuperaram o preço de IPO realizado em agosto do ano passado. A corretora recomenda a compra de Cosan, mas rebaixou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 28 ao incorporar corte médio de 5% em nossas estimativas de Ebitda entre 2022 e 2024.
“O corte de preço-alvo da Cosan foi puxado principalmente nossa abordagem mais conservadora da estrutura de custos da Raízen”, afirmam os analistas Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos.
Levando em conta o valor da ação da Cosan nesta quarta-feira (18) a R$ 19, antes da abertura do mercado, o potencial de alta visto pela Ágora é de 47% em 12 meses. A Cosan se dá melhor do que a Raízen no curto prazo, segundo os analistas, devido à sua maior geração de caixa, impulsionada pela Compass.
O UBS tem recomendação de compra ainda mais otimista para a Cosan, com preço-alvo de R$ 32, o que implica potencial de valorização de 68% nos próximos 12 meses. Apesar do lucro líquido contábil da Cosan ter recuado 38% no 1T22 a R$ 510,2 milhões, o banco suíço enxerga bastante potencial no papel ao olhar para o portfólio da holding.
Na visão do UBS, tanto Raízen quanto Rumo (RAIL3) devem contribuir daqui em diante para a melhor precificação do valor de Cosan, que no momento encontra-se descontada na Bolsa brasileira.