Antes das 8h, uma pequena multidão já se aglomerava em frente ao portão 2 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O público transpirava um misto de ansiedade e excitação à espera da abertura oficial dos portões da 46ª edição da Expointer, enquanto acompanhava o hasteamento da gigantesca bandeira do Rio Grande do Sul, com 20 metros de largura por 14 de altura, que fica fixada num guindaste logo na entrada do parque.
“A gente está esperando desde cedo. Vim para trabalhar. A feira vai ser legal. Vai gerar resultado bacana para todo mundo”, afirmou Vinicius Duarte, executivo de vendas de uma revenda de motos.
“Já faz mais de 20 anos que exponho aqui. A esperança é que venda bastante”, desejou a artesã Gelci Leite.
“Público já na porta, louco para entrar. Nós aqui dentro, muito felizes para dar início dos trabalhos. Agora que a cidade vai encontrar com o campo e o campo, com a cidade”, disse a subsecretária do Parque, Elizabeth Cirne-Lima.
Por volta das 8h, a comitiva capitaneada pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, acompanhado da subsecretária do Parque e de representantes das entidades copromotoras da Expointer, chegou para abrir o portão.
“Esperamos que as coisas realmente se materializem até domingo da semana que vem. Imaginamos contar com mais de 800 mil visitantes e que possamos ultrapassar os R$ 7 bilhões de negócios que ocorreram no ano passado”, projetou Feltes.
Logo em seguida, o vice-governador Gabriel Souza juntou-se à comitiva que seguiu para a frente do palco de shows, onde as autoridades foram recebidas ao som do grupo Alma Gaudéria para a degustação de um café campeiro reforçado: churrasco de costela de cordeiro assado com fogo de lenha, café de cambona e bolos fritos.
“É a maior feira de agronegócio da região Sul do Brasil, e queremos que a edição deste ano mostre toda a força do agronegócio gaúcho, apesar dos desafios que se impõem, especialmente as questões do clima”, disse Gabriel. “O agro se mostra cada vez mais pujante, com muita inovação e tecnologia, aumentando a sua produtividade e aquecendo a economia do Estado.”
A tradição do café de cambona e do bolo frito representaram a cultura do município de São Nicolau. “Nós trouxemos um pouquinho de nossas tradições como o café dos antigos tropeiros e o bolinho de chinelinho e o de chuva. Café de cambona é feito de forma diferente, pois em vez de coar, é colocado um tição dentro da cambona com água e café”, explicou a rainha do Café de Cambona de São Nicolau, Isabel Tomm.
Em seguida, o grupo de autoridades se dirigiu para a reunião-café, mais tradicional, na Casa de Esteio. “A feira traz resultados positivos para todos que de alguma maneira interagem com ela. Para a economia local de Esteio e da região, para a rede hoteleira e bares. E isto, muito antes mesmo da abertura dos portões. A gente chega a ter 5 mil pessoas trabalhando no parque ao longo de 30 dias”, pondera o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal.
“A Expointer vem num período de superação de três anos de estiagem, e traz nesta edição também o olhar da inovação tecnológica que está aqui a serviço dos produtores”, ponderou o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.
Em paralelo à movimentação com a abertura dos portões, nos pavilhões, desde cedo eram intensos os cuidados com os animais, uma das maiores atrações do evento e que despertam a curiosidade do público de todas as idades.
Também participaram do encontro os representantes das entidades copromotoras da feira: Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), prefeitura de Esteio, Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Organização Cooperativa e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sistema Ocergs-Sescoop/RS).
A 46ª edição da Expointer prossegue até o 3 de setembro no Parque de Exposições de Assis Brasil, em Esteio.