*Reportagem: Marcos Cardoso e Fábio Carnesella
A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, abriu na última terça-feira (28) inquérito para avaliar as falas xenofóbicas proferidas pelo vereador Sandro Fantinel (Patriota). Conforme o delegado regional, Augusto Cavalheiro Neto, não foram recebidas denúncias, mas, na possibilidade de existir um crime de intolerância, a própria PC iniciou as investigações. Conforme ele, já foram solicitadas imagens da sessão à presidência da Câmara de Vereadores, e o inquérito deve durar 30 dias.
Em entrevista exclusiva ao repórter Fábio Carnesella, do Grupo RSCOM, ele disse que: “A gente só da a certeza no final, mas existem fortes indícios da prática de crime de racismo por parte do vereador”, disse o delegado. Salientou, também, que a chefia da Polícia Civil do Rio Grande do Sul está analisando se vai levar para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância em Porto Alegre ou se manterá em Caxias do Sul. Para tal decisão, não há um prazo.
Sobre uma possibilidade de prisão preventiva pelas falas xenofóbicas proferidas por Sandro Fantinel, ele afirmou que só será cumprida em caso de haver “uma representação e os requisitos da prisão preventiva”. Cavalheiro ainda tranquilizou a população dizendo que, em caso de confirmação de crimes de intolerância, o parlamentar será punido assim como qualquer outra pessoa.
Pedidos de cassação de Sandro Fantinel
Na manhã desta quarta-feira (1º), a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul recebeu dois pedidos de impeachment do parlamentar. Um deles foi entregue e assinado pela presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Cecília Pozza, e a outra pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris.