Caxias do Sul

Em sua 32º edição, Mercopar inicia com novidades e otimismo no cenário de negócios em Caxias do Sul

A maior feira de inovação industrial da America Latina teve sua abertura na tarde desta terça-feira (17), nos Pavilhões da Festa da Uva

(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)
(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)

Inovando cada vez mais, a 32ª Mercopar teve abertura na tarde desta terça-feira (17), em Caxias do Sul. A feira é a maior na América Latina em inovação industrial e promete superar a edição passada, onde foram, aproximadamente, 35 mil pessoas que prestigiaram o evento na cidade, sendo que neste ano o espaço foi ampliado em mais 6 mil metros quadrados, além de dispor um recorde de expositores: mais de 600. O palco para os quatro dias de evento são os Pavilhões da Festa da Uva, e segue até sexta-feira (20).

O evento é promovido pelo Sebrae e pela Fiergs, e ao longo dos quatro dias vão ter programação diversificada, com cerca de 85 horas a mais que na edição anterior. Estiveram prestigiando a abertura da feira diversas autoridades, como o Prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, presidente do Sebrae nacional, Décio Nery de Lima, e o vice-governador do RS, Gabriel Souza.

Caxias do Sul, um dos pontos fortes da indústria no Rio Grande do Sul, recebe o evento com altas expectativas, não só pelas negociações viabilizadas, mas pela notoriedade que a região da Serra pode atingir na esfera nacional. O relato do vice-governador do RS, Gabriel Souza (MDB), destaca que o Estado é um dos mais inovadores a nível nacional, sendo que a indústria gaúcha tem procurado trabalhar as questões sustentáveis. “Esse ambiente é totalmente correlato com o que o Rio Grande do Sul tem promovido na sua economia nos últimos anos. Somos um dos estados mais inovadores no Brasil, e naturalmente, a indústria e inovação são irmãs gêmeas, e também adicionaria à questão da energia verde, da emissão zero de carbono, ou seja, uma indústria verde, que esteja alinhada com as tendências globais de resiliência climática”. Souza também comentou sobre as mudanças climáticas recorrentes no RS, como os últimos episódios de enchentes, e que ferramentas inovadoras e sustentáveis contribuem para o crescimento atual das indústrias, facilitando também a geração de empregos.

Também presente no evento e com bastante entusiamo, o presidente do Sebrae nacional, Décio Nery de Lima, salienta que o momento é de construir alternativas e soluções, com o chamado ‘mutualismo’ entre as indústrias. “Mutualismo é quando os divergentes se reúnem para construir alternativas e soluções. É esse o momento. Esse é o momento que o Brasil está vivendo, um momento espetacular, porque quando nós falamos da sustentabilidade, só o Brasil tem a Amazônia como patrimônio, não do povo brasileiro, mas um patrimônio que é da humanidade e para a própria sustentabilidade. O Brasil cria um novo processo chamado neoindustrialização, que é o grande desafio hoje da economia brasileira, ou seja, nós tínhamos recentemente uma indústria que respondia por 48% do PIB, hoje ela responde só por 24%. O que isso significa? Significa que nós perdemos tempo na geração da qualificação daquilo que é a nossa riqueza, porque quando você industrializa, você agrega valor, cria empregos e não fica refém como o Brasil hoje está em vários aspectos da economia global apenas como vendedor de commodities”.

Uma das novidades nesta edição é a Mercopar 365, que será trabalhada durante o ano todo, com foco em proporcionar às empresas a terem seu espaço para fechamento de negócios, oportunizando aquelas que não puderem participar no evento anual, que ocorre no mês de outubro.

Carbono neutro

Uma grande feira de inovações leva ao público alvo o que há de melhor em tecnologia e como ser sustentável ao mesmo tempo. Uma das novidades presentes no evento é a gestão ambiental, realizada em parceria com a startup AKVO ESG, de Erechim. A abordagem engloba a criação do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e a aquisição de créditos de carbono certificados para compensação, tornando a Mercopar 2023 um evento com neutralização de carbono.

Com isso, a cada tonelada de CO2 emitida durante o evento, corresponderá a aquisição de créditos de carbono de projetos certificados, tanto a nível nacional como internacional. Estima-se que, para neutralizar as emissões do evento, serão necessários pelo menos 200 créditos de carbono. Os recursos provenientes dessa aquisição servirão como incentivo financeiro para projetos destinados à preservação ambiental, combate ao aquecimento global, promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades e implementação de práticas de agricultura regenerativa.

Saiba mais sobre a grande feira em https://mercopar.com.br/.