O Instituto Geral de Perícias (IGP) e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Caxias do Sul, confirmaram que o corpo encontrado esquartejado na manhã desta quarta-feira, dia 6, é de uma mulher. O caso aconteceu na Barragem da Maestra, zona norte da cidade.
Por volta 8h30min, um agente da vigilância ambiental do Samae foi ao local para retirar uma amostra da água e localizou diversos sacos contendo pedaços de ao menos um corpo humano. Havia suspeita que pudessem ser localizados pedaços de um outro cadáver, pela quantidade de cobertores enrolados em sacos de lixo.
O Delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da DHPP, revela que os primeiros passos da investigação começam assim que o cadáver for identificado.
“Foi brutalmente esquartejada. Todos os pedaços do cadáver foram embalados juntos para ocultamento; Ainda vamos trabalhar na identificação. Não temos o nome de pessoas desaparecidas. Vamos verificar. Começamos a investigação agora. Vamos avaliar se isso se trata de um motivo passional, se isso é decorrente de um algum envolvimento com vida criminosa, mas é muito preliminar pra fazer qualquer julgamento. Nosso primeiro passo agora, é a identificação do cadáver desta mulher. É uma pessoa só”, diz Kegler.
O Delegado salienta que este caso de esquartejamento é totalmente diferente do crime que vitimou Luciano Vargas Silva, no início do mês de agosto, em Caxias. Segundo Duarte, a morte desta mulher deve ter ocorrido há no máximo dois dias.
“Totalmente diferente. Até porque lá houve fracionamento e as partes foram espalhadas em diversos pontos da cidade. Aqui não, foi esquartejado, embalado junto e foi tentada ocultação através da submersão. Preliminarmente isso é recente. Pode ser um ou dois dias no máximo. Claro que temos que aguardar a necropsia para saber principalmente a causa mortis. Se ela foi morta durante o esquartejamento, ou se ela foi morta antes e depois esquartejada. Esses são os dois caminhos: identificação e causa da morte”, completa.
Acompanhe a entrevista do Delegado Rodrigo Kegler Duarte
O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para fazer a retirada das partes do corpo da mulher das margens da barragem da Maestra. Os sacos plásticos enrolados em cobertores foram deixados ao lado do pavimento onde é feita a medição do nível da represa. O local é corriqueiramente utilizado por pescadores e usuários de drogas.
Foram encontradas, dentro de sacos, três facas, um facão, uma serra manual, um bastão de madeira e outros utensílios.
Segundo caso em pouco mais de um mês
Na madrugada de 1º de agosto, pedaços de um corpo esquartejado foram encontrados em um contêiner de lixo orgânico, situado na Rua Sinimbu, quase esquina com a Rua Marechal Floriano, no centro da cidade. Segundo os investigadores, o motivo da morte foi a possível guarda de uma criança de 7 anos de idade, que seria filho da vítima e neto do autor do delito. A vítima foi identificada como Luciano Vargas Silva, 45 anos, conhecido como Pig. Três suspeitos de cometer o crime estão presos.