A fabricante gaúcha de armas, Taurus, informou que recebeu efeito suspensivo quanto a multa de R$ 25 milhões e a suspensão do direito de contratar com a Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo. A decisão administrativa foi recebida, em primeira instância, no Processo Administrativo Sancionatório do Centro de Material Bélico da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado em 22 de julho de 2025.
Com isso, a Taurus volta a ter autorização para firmar contratos com a PM paulista, enquanto aguarda o julgamento definitivo do recurso. A penalidade havia sido imposta em decisão administrativa de primeira instância da Polícia Militar de São Paulo, publicada no último dia 11, no âmbito do Processo Administrativo Sancionatório nº 002/30/16.
A sanção referia-se a contratos firmados entre 2007 e 2011 para fornecimento de pistolas, envolvendo modelos que não são mais fabricados e anteriores à atual gestão da companhia. Desde o início, a Taurus contesta a decisão, afirmando ter cumprido integralmente os contratos e apontando vícios no processo administrativo. A empresa reforça que seguirá adotando as medidas legais cabíveis para reverter a sanção em definitivo.
A Taurus, também, já havia esclarecido que uma eventual suspensão, mesmo que mantida, se aplicaria apenas à Polícia Militar do Estado de São Paulo e não afetaria contratos com outros órgãos públicos.
Nota oficial da Taurus
“Despacho publicado no dia 22 de julho de 2025 no Diário Oficial do Estado de São Paulo concedeu efeito suspensivo a decisão administrativa de primeira instância no Processo Administrativo Sancionatório do Centro de Material Bélico da Polícia Militar do Estado de São Paulo que suspendia o direito da Taurus de contratar com a administração pública do Estado de São Paulo pelo prazo de dois anos e aplicava multa no valor de R$ 25.087.535,80.
A Taurus continua a sustentar o integral cumprimento dos contratos com a Polícia Militar e a ocorrência de diversos vícios no processo administrativo que levou a decisão anterior, de modo que a penalidade não surtirá efeitos pelo menos até o julgamento definitivo do recurso administrativo pela autoridade competente.
Portanto, a multa aplicada pelo governo de São Paulo à empresa Taurus foi suspensa e o direito de contratar restabelecido.”