Estado

Operação contra golpe de falsos anúncios de aluguel em SC cumpre seis mandados de prisão no RS

Segunda fase da investigação instaurada no ano passado identificou mais integrantes de uma organização criminosa, que operava o esquema a partir da Região Metropolitana de Porto Alegre, por meio de laranjas

Foto: Divulgação/GAECO/MPRS
Foto: Divulgação/GAECO/MPRS

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), em apoio ao Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Santa Catarina (CyberGAECO/MPSC) e à Polícia Civil de Bombinhas, deflagrou, nesta terça-feira (17), a segunda fase da Operação Anúncio Fake. Mais de 40 agentes das duas instituições cumpriram seis mandados de prisão, e sete de busca e apreensão, em nove alvos nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Alvorada.

Os agentes também cumpriram ordens judiciais relativas à indisponibilidade de bens, como imóveis, apreensão de veículos e, ainda, bloqueio de contas bancárias e criptoativos. Na primeira operação, realizada pelo CyberGAECO/MPSC, em setembro do ano passado, no RS e em São Paulo, o objetivo foi desarticular o golpe dos falsos anúncios de aluguéis de temporada de verão em Balneário Camboriú e Bombinhas. Desta vez, com a análise de materiais apreendidos, foram identificados mais integrantes de uma organização criminosa. Ela operava o esquema com laranjas, a partir da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Em 2023, dois mandados de prisão e seis de busca foram cumpridos. Os golpistas empregavam dados de anúncios e de imóveis verdadeiros para dar maior credibilidade nas informações publicadas em plataformas virtuais. Eles operavam no litoral catarinense desde 2018. Os crimes apurados são estelionato eletrônico, organização criminosa e lavagem de capitais.

Após a utilização de técnicas de investigação cibernética, além de integrantes do grupo no RS, também foi possível identificar as pessoas que emprestavam suas contas bancárias para a lavagem de dinheiro. Conforme o inquérito, foram confirmados diversos prejuízos financeiros para as vítimas, o que frustrou as férias de várias pessoas que buscavam veranear em Santa Catarina. O número exato de pessoas lesadas segue sendo contabilizado.

Essa fase da operação ainda teve como foco a chamada persecução penal (ação que visa combater a corrupção e o crime organizado, além de reparar os danos causados às vítimas). Até esta terça, pelo menos, R$ 150 mil foram identificados nas contas bancárias dos investigados. O valor, assim como veículos e imóveis, que estejam na posse dos alvos, serão indisponibilizados pela Justiça.