Norma garante mais segurança jurídica para a atuação dos servidores penitenciários (Foto: Jonathan Silva/Ascom Polícia Penal)
Norma garante mais segurança jurídica para a atuação dos servidores penitenciários (Foto: Jonathan Silva/Ascom Polícia Penal)

O Rio Grande do Sul deu o passo final para a consolidação de sua nova força de segurança. Foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira (26) a Lei Complementar 16.449/2025, que institui o Estatuto da Polícia Penal.

Sancionada pelo governador Eduardo Leite, a norma define a estrutura, as atribuições e o plano de carreira da instituição, que substitui definitivamente a antiga Susepe.

O que muda com a nova lei?

A regulamentação era o elo que faltava desde a criação da Polícia Penal em 2022. O objetivo é garantir segurança jurídica aos servidores e qualificar o enfrentamento ao crime organizado dentro e fora das unidades prisionais.

Os principais pilares da nova estrutura incluem:

  • Expansão do Quadro: Criação de 6.938 novos cargos de policiais penais e 50 cargos técnicos.
  • Novas Nomenclaturas: Agente Penitenciário → Policial Penal.
  • Agente Administrativo → Técnico Administrativo.
  • Técnico Superior → Analista da Polícia Penal.
  • Promoções e Concursos: A reorganização das vagas facilita as promoções internas (demanda antiga da categoria) e permite o chamamento de novos aprovados em concursos.

A Polícia Penal passa a ter uma hierarquia modernizada e focada em inteligência. A estrutura básica agora conta com:

  • Administração Superior: Superintendência e Corregedoria-Geral.
  • Ensino: A antiga Escola do Serviço Penitenciário torna-se a Academia da Polícia Penal.
  • Gestão Especializada: Departamentos de Inteligência, Monitoração Eletrônica, Planejamento e Segurança Penal.
  • Órgãos Auxiliares: Grupos de Ações Especiais (GAES), Intervenção Rápida (GIR) e atendimento ao servidor.

“A aprovação do Estatuto é uma conquista histórica. Fortalecemos a instituição, reduzimos o déficit de servidores e garantimos o funcionamento das novas unidades prisionais”, afirmou o governador Eduardo Leite.

Foco na Ressocialização e Segurança
Além da custódia e vigilância, a Polícia Penal terá como competência direta a fiscalização de prisões domiciliares e monitoramento eletrônico, além de atuar na reintegração social dos detentos.

Para o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, o foco central são as pessoas: “Não adianta ter presídio e tecnologia se não tivermos servidores valorizados e qualificados”.