POLÍCIA PENAL

Fábrica de fraldas em presídio de Santa Vitória do Palmar é inaugurada

As fraldas serão distribuídas pelas farmácias públicas da cidade

Produção irá alcançar sete mil unidades por mês, que devem ser distribuídas nas farmácias públicas do município. (Foto: Polícia Penal)
Produção irá alcançar sete mil unidades por mês, que devem ser distribuídas nas farmácias públicas do município. (Foto: Polícia Penal)

A Polícia Penal inaugurou uma fábrica no Presídio Estadual de Santa Vitória do Palmar, onde a fabricação dos itens deve alcançar sete mil unidades por mês. As fraldas serão distribuídas pelas farmácias públicas da cidade.

A Prefeitura de Santa Vitória do Palmar, no Sul do Estado, possui uma demanda de 5,4 mil fraldas mensais, que será totalmente suprida pelo trabalho de mão-de-obra prisional remunerada. Produção irá alcançar sete mil unidades por mês.

A fábrica foi viabilizada após a assinatura de um termo de cooperação entre a prefeitura e a Polícia Penal. Os contratos com os cinco detentos do regime fechado que irão trabalhar no local já estão assinados. Eles irão cumprir uma jornada de oito horas diárias e terão direito a 75% do salário mínimo.

A prefeitura investiu R$ 10 mil na iniciativa. O recurso foi aplicado na construção do espaço físico e na aquisição de maquinário e equipamentos. A fábrica está instalada em uma sala de 36 metros quadrados, e possui tecnologia de ponta no processo de confecção, o que inclui sistema automatizado de recorte, dobra e aplicação de adesivo. Os presos designados para o trabalho receberam treinamento técnico subsidiado pelo município.

Para a vice-prefeita de Santa Vitória do Palmar, Fabiana Braga, o projeto alia responsabilidade social, economia e inclusão.

“A iniciativa reduz custos públicos, gera oportunidades de trabalho e permite que os apenados ajudem suas famílias, reconstruindo suas histórias”, observa. O diretor do presídio Fábio Araújo afirma que o objetivo do projeto é oferecer dignidade, ocupação produtiva e oportunidades reais de reinserção social. “Queremos que cada pessoa privada de liberdade saia do sistema melhor do que entrou, por meio do trabalho e do desenvolvimento de habilidades”, confirma.

Trabalho em presídio

Antes, em 2019, das 12.217 pessoas em privação de liberdade exercendo atividades laborais, 1.191 eram remuneradas. Em agosto de 2025, dos 15.433 trabalhando, 2.642 recebiam alguma remuneração.

A projeção do governo do Estado é que, de 2019 até o final de 2026, os recursos investidos na qualificação das vagas no sistema prisional ultrapassem os R$ 1,4 bilhão.

Com esse aporte, mais de 12 mil vagas serão criadas ou reestruturadas para pessoas privadas de liberdade, por meio da construção de novas penitenciárias ou ampliações.