Fábia Almeida Richter, ex-prefeita do município de Cristal, foi anunciada pelo governador Eduardo Leite como a primeira secretária estadual da Mulher do Rio Grande do Sul. A delegada Viviane Nery Viegas, mestra em Direito e doutoranda, será a secretária-adjunta. A nomeação foi formalizada em cerimônia no Palácio Piratini na tarde desta quarta-feira (24).
Eduardo Leite enfatizou que a escolha de Fábia reforça o compromisso com políticas públicas para mulheres. “Ela traz consigo uma trajetória marcada pela dedicação à saúde, à gestão pública e ao municipalismo, além de reconhecimentos expressivos pelo trabalho em defesa das mulheres”, disse o governador.
Perfil da nova secretária
Fábia Richter é enfermeira com especialização em Gestão Hospitalar e mestranda em Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento. Ela possui uma série de reconhecimentos, incluindo o prêmio Gestor Público, o Colar do Mérito Acadêmico e uma medalha da Assembleia Legislativa por seu trabalho a favor das mulheres e do SUS no Estado.
“Recebo este convite com alegria e, ao mesmo tempo, com a consciência do enorme desafio que ele representa. Sou enfermeira, fui prefeita e trago na minha trajetória a experiência de quem conhece de perto a transversalidade que o tema das mulheres exige”, afirmou Fábia Richter.
Orçamento
A nova secretaria vai receber um orçamento de quase R$ 200 milhões para 2025, destinado a iniciativas exclusivas ou majoritariamente voltadas às mulheres em diversas áreas.
A estrutura operacional conta com dois departamentos: um para Enfrentamento à Violência e outro para Articulação, Cuidado Integral e Promoção da Autonomia Econômica. Eles vão trabalhar sobre sete eixos: prevenção, proteção, acolhimento, cuidado integral, inclusão produtiva e preparação para o mercado de trabalho, articulação e informação, e identificação.
Competências da nova pasta
- Planejar e implementar políticas públicas para a promoção dos direitos da mulher e promover campanhas educativas de combate a todo tipo de discriminação contra a mulher no âmbito estadual, promovendo a igualdade de gênero;
- Realizar a articulação institucional entre os diversos atores das áreas de saúde, segurança, educação e assistência para fortalecer a rede de proteção às mulheres;
- Promover a integração, organização e incremento territorial da rede de acolhimento e proteção, composta por Centros de Referência da Mulher (CRM), abrigos, Casas da Mulher e delegacias especializadas, bem como outras entidades de apoio;
- Promover políticas de qualificação e capacitação profissional às mulheres vítimas de violência para fomentar sua autonomia;
- Promover políticas de prevenção, com formação sobre direitos das mulheres, escuta inicial e divulgação de informações sobre medidas protetivas;
- Planejar e implementar políticas de proteção com uso de tecnologias para resposta rápida em situações de risco e divulgação de dados para ampliar a conscientização;
- Fomentar políticas de acolhimento, com fortalecimento do acesso às redes de apoio;
- Coordenar e monitorar a execução dos programas, projetos e ações relacionados à promoção dos direitos das mulheres, e seus resultados, com planejamento orientado por evidências.